segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A requalificação urbana

Segundo o Jornal Oeste, nas últimas décadas a nossa sociedade ao nível do modelo urbano, passou invariavelmente para construção de novos edifícios. Esta era uma exigência decorrente do crescente afluxo de populações do interior rural para o mundo das cidades, conjugado com a melhoria das condições económicas das famílias, indutor de uma procura por habitações com melhores condições de habitabilidade. Este fenómeno de democratização, associado ao desenvolvimento económico do país foi positivo, permitindo uma igualdade real ao nível das condições de vida dos cidadãos.

Contudo, este crescimento das cidades não foi devidamente acompanhado por mecanismos de planeamento urbano. Os resultados foram subúrbios desordenados, feios, sem espaços verdes ou acessibilidades, com poucos ou nenhuns serviços sociais. Ao invés, os centros das grandes cidades foram-se sistematicamente desertificando, sendo hoje por norma apenas habitados por populações idosas de baixos recursos. Gradualmente um sem número de edifícios, muitos com valor histórico e arquitectónico, foram-se danificando, contribuindo para centros urbanos envelhecidos, abandonados e degradados.
Compete aos poderes públicos contribuírem para a modificação deste cenário. Num primeiro plano, os poderes públicos devem constituir equipas pluridisciplinares que pensem na cidade enquanto espaço de história, sentimentos e vivência humana, delineando uma estratégia de requalificação urbana assente em três eixos: requalificação dos espaços públicos (praças, monumentos), requalificação dos edifícios municipais; requalificação dos edifícios privados por via da concretização de incentivos financeiros e fiscais.
A competitividade das cidades, quer ao nível da atracção de novos habitantes, quer ao nível da captação de turistas, implica uma estratégia sistemática de valorização de todo o quadro urbanístico da cidade, de modo a potenciar uma proposta de valor, assente na qualidade de vida e no desenvolvimento sustentado.

Notícia apresentada pela Ana Rocha, aluna nº 2 do 11º D