quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Câmara Municipal de Vila Real entrega habitações sociais a 7 famílias

Uma das grandes preocupações das autarquias é sem dúvida a resolução do problema da falta de habitação. Um desses exemplos é a Câmara Municipal de Vila Real, que no mês passado entregou a chave de habitações sociais a sete famílias desfavorecidas do concelho.
A autarquia diz que ainda está prevista a entrega de mais 15 habitações sociais referenciadas para famílias necessitadas.
A Câmara Municipal de Vila Real investiu 50 mil euros na recuperação dos imóveis, e por isso o presidente da Câmara Municipal, Manuel Martins, apela à estima destas habitações, pois é património de todos os habitantes.
A vereadora, Dolores Monteiro, revela que a autarquia tem centenas de pedidos de habitação, de famílias vila-realenses, e que esse número tem vindo a aumentar consideravelmente devido à crise que se faz sentir no país.
Um destes casos é Sandra Ribeiro, mãe de duas crianças, e que esperou 4 anos pela habitação social que recebeu há pouco tempo.
As rendas das sete habitações sociais entregues, três em na Araucária, três na Telheira e uma em Vila Nova variam entre 60 a 95 euros.
Deste modo, Sandra diz ter uma vida mais desafogada e com menos preocupações a nível de contas para pagar.
Dolores Monteiro garante que vai continuar com a entrega destas habitações.
Notícia apresentada pela Ana Rosa, aluna nº 3 do 11º D

sábado, 11 de dezembro de 2010

Aula de 10 de Dezembro

A aula de 10 de Dezembro foi dedicada à análise da localização das indústrias nas áreas urbanas.
Dinâmicas recentes de localização industrial no espaço urbano:
- Regeneração de antigos espaços industriais localizados no interior da cidade com o apoio dos poderes públicos;
- Saída da indústria da cidade para parques industriais localizados na periferia servidos de boas vias de comunicação.
As áreas centrais urbanas continuam a atrair novas actividades industriais. Estas tendem a instalar-se em antigos estabelecimentos industriais abandonados ou em torno de espaços associadas a actividades de Investigação e Desenvolvimento (I&D) e este fenómeno que abrange:
- PME´s (pequenas e médias empresas) de sectores tradicionais, como a indústria têxtil, de mobiliário ou de cerâmica;
- Empresas inovadoras em sectores na fronteira entre a indústria e a prestação de serviços, como o audiovisual, a moda ou o software.
Estas empresas modernas são atraídas:
- pela especialização do mercado do trabalho;
- pela presença de importantes clientes;
- pelas vantagens da proximidade a universidades e laboratórios de I&D e serviços intensivos em conhecimento.
Não requerendo espaços de grande dimensão, as empresas inovadoras podem suportar rendas mais elevadas. Já as empresas de sectores tradicionais procuram instalar-se em áreas urbanas que guardam por uma intervenção de requalificação urbana.
Nos últimos anos têm surgido um conjunto de pólos tecnológicos (tecnopólos). Constituem uma variante particular de parques empresariais de iniciativa pública e privada que associam investigação científica e empresas de alta tecnologia.
O esgotamento e a valorização do solo na Área Metropolitana de Lisboa levaram as empresas a procurar outros espaços infra-estruturados a preços mais baixos para instalar novos estabelecimentos.
O Carregado situa-se a norte da grande Lisboa, beneficiando de um bom nível de acessibilidades. Outros factores importantes para a captação de empresas para o Carregado foram a sua proximidade aos principais mercados em particular à AML e disponibilidade local de mão-de-obra. Instalação do primeiro Outlet do país (Campera Outlet Shopping). Predomínio de bons acessos rodoviários e ferroviários.
Texto apresentado pelo Bruno Ferreira, aluno nº 5 do 11º C

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Aula de 6 de Dezembro

Na aula de 6 de Dezembro abordámos o tema das áreas residenciais.
Vimos que a função residencial desempenha um papel importante nas cidades, cuja localização está relacionada com o custo do solo. Com isto existe uma segregação espacial, onde há grande homogeniedade interna e heterogenidade externa.
As classes mais favorecidas ocupam os melhores locais da cidade, áreas planeadas, com boas acessibilidades, espaços verdes… Encontram-se longe dos centros das cidades, periferias, de modo a terem mais espaço para a construção de vivendas unifamiliares, e condomínios fechados de luxo, que proporcionam conforto e estatuto social. As actividades económicas são pouco concentradas, predominando serviços de próximidade e comércio sofisticado.
A classe média ocupa a maior parte do espaço urbano, com os seus bairros, cuja qualidade arquitectónica é menor. Uma vez que nestas áreas reside uma população mais jovem, há uma tendência para um desejo de um melhor estilo de vida, por isto, ou expandem-se para a periferia, onde os custos do solo são menores e nelas surgem áreas residênciais de arquitectura uniforme com melhores condições. Ou optam pela aquisição de casa própria nos arredores das áreas suburbanas. Esta tendência evidência o aumento da mobilidade e o uso do automóvel torna-se banal. A variação do custo do solo na periferia, está associado à acessibilidade.
A classe de menores recursos, ocupa geralmente bairros de habitação precária, habitualmente designados por «bairros da lata», ou bairros de habitação social. Os primeiros «bairros da lata» foram construidos por migrantes oriundos das áreas rurais. Estes não possuem água canalizada, não têm esgotos e a electricidade é conseguida de forma iligal e perigosa. A população que neles reside tem baixos recursos, baixos níveis de escolaridade são, na sua maioria, desempregados e em alguns casos são imigrantes. Estes bairros propíciam os problemas de exclusão social. Localizam-se geralmente em solos expectantes, solos desocupados sem aptidão para construção. Os bairros de habitação social são construidos pelo estado para erradicar a situação de vida destas pessoas. Actualmente há a preocupação de promover a habitação de custos controlados e com qualidade, incluindo serviços de assistência social e de segurança. Para facilitar a integração social, optou-se pela dispersão social em bairros de menor dimensão. Os bairros clandestinos encontram-se, principalmente, na periferia das cidades de Lisboa e Porto.
Texto apresentado pela Ana Lopes, aluna nº 4 do 11º C

domingo, 5 de dezembro de 2010

Em 2009 Portugal tinha mais de 116 mil habitações sociais

Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que Portugal tem mais de 116 mil casas de habitação social.
O INE divulgou nos anuários estatísticos regionais de 2009 que foram registados 1 983 bairros sociais em Portugal, com um total de 116 386 habitações.
O maior número de habitações sociais do país localiza-se sobretudo nas regiões de Lisboa e no Norte, evidenciando-se ainda as regiões do Grande Porto e da Região Autónoma da Madeira.
Notícia apresentada pela Ana Lopes, aluna nº4 do 11ºD

sábado, 4 de dezembro de 2010

Aula de 3 de Dezembro

Na aula do dia 3 de Dezembro, abordámos os espaços periféricos e alguns espaços do interior das áreas urbanas de Lisboa e do Porto, nomeadamente as vilas e ilhas e a estruturação residencial da cidade.
É a partir do CBD que aparecem estradas de ligação às zonas periféricas.
Seguem-se as zonas residenciais, estruturadas pelo nível de vida (classe alta, média ou baixa).
Nas zonas rurais próximas das cidades situam-se espaços que tendem a ser ocupados por pessoas que trabalham na cidade. Desenvolvem-se então as chamadas migrações pendulares.
Nos países desenvolvidos, a população desloca-se do centro para a periferia, assim como as actividades económicas.
Nos países em desenvolvimento, a cidade não tem capacidade para absorver tanta gente. Por isso, a cidade cresce, mas com grandes contrastes sociais: existem bairros de ricos e bairros de barracas.
Na segunda metade do século XIX, o problema de habitação em Lisboa e no Porto agravou-se devido ao grande aumento da população residente, induzido pela industrialização.
Acabou por se construir uma tipologia de habitação operária específica, com o fim de maximizar a renda fundiária, através da construção de modelos habitacionais, de traçado uniforme, de grande densidade e insalubres.
As vilas de Lisboa e as ilhas do Porto, eram filas de pequenas casas construídas em locais próximos da classe média, mas com poucas condições habitacionais.
A ocultação da habitação das camadas mais desfavorecidas, contribui para que, até hoje, persistam esquecidas dentro da grande cidade.
Os primeiros bairros de barracas foram construídos por migrantes vindos do meio rural. Com o 25 de Abril a sua construção intensifica-se, passando a serem ocupados por população africana. Estes tipos de bairros são concentrados de pobreza, de população sem estudos e com dificuldades de acesso ao mercado de trabalho e consumo.
A falta de habitação tem sido solucionada através da construção de habitações sociais. Estas apresentam alguma qualidade, não massificando os edifícios e apetrechando os locais com áreas pedonais e verdes.
No entanto, a maioria destes tipos de habitação em Portugal, apresentam uma qualidade de vida duvidosa, massificação de edifícios em altura, e onde os problemas são graves e ligados a conflitos sociais.
A habitação cooperativa é outra solução para resolver os problemas de alojamento da população mais carenciada. Esta solução usufrui de apoios privilegiados do Estado, tais como isenções fiscais, financiamentos bonificados e acesso a terrenos públicos.
No final da aula ainda vimos dois vídeos. Um deles era sobre o bairro do Aleixo, no Porto. Este bairro apresenta cinco torres de habitação, sendo na primeira dominante o consumo de drogas. As restantes torres são caracterizadas por serem habitadas por pessoas de classe média-baixa, parte delas idosas. Já se ponderou a hipótese de demolir as torres. No entanto, alguns dos habitantes recusam abandonar a casa onde vivem há mais de 30 anos; outros dizem que a vida no bairro é insuportável, que são olhados de lado por viverem onde vivem, e que, apesar de não estarem ligados ao consumo de drogas, têm sempre a polícia por perto. Estas pessoas vivem rodeadas de grades, como se vivessem numa prisão.
Mas não é a demolição das torres que vai acabar com o tráfico de droga. Pelo contrário, ainda vinha agravar a situação, pois os consumidores espalhar-se-iam por outras zonas.
O cenário de miséria nestas torres é bem visível, assim como a falta de intervenção social.
O segundo vídeo era sobre bons exemplos de comércio no CBD, nomeadamente no Chiado, Lisboa. Tem-se verificado um maior número de pessoas a optar pelo comércio de rua. Apesar da oferta no Chiado ter aumentado, ainda não consegue acompanhar os centros comerciais. Apesar disso, a baixa lisboeta começa a recuperar movimento. Para isto, iniciativas ligadas à arte tentam cativar os consumidores para o Chiado.
Texto apresentado pela Ana Rosa, aluna nº 3 do 11ºD

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Aula de 29 de Novembro

Na aula do dia 29 de Novembro de 2010 revimos as novas áreas terciárias. Muitos serviços têm tendência para sair da cidade, sobretudo os que exigem maior consumo de espaços, como a armazenagem e distribuição, pois procuram áreas com maior acessibilidade, espaço e a um bom preço. É muito difícil recuperar, revitalizar e renovar o CBD, pois tratam-se de edifícios antigos e com ruas estreitas, o que não se torna fácil proceder a obras. Surgem, assim, cada vez mais centros de escritório em conjuntos novos e planeados, que dispõem de outras funções complementares ou de apoio. (Exemplo: Parque das Nações). É frequente que estes conjuntos se localizem na periferia da cidade, próximo de auto-estradas ou vias rápidas que assegurem a facilidade de acesso. (Exemplo: Palácio do Gelo). Adquirem a designação de parques de escritório e detêm um conjunto de equipamentos complementares, como centros de congressos, restaurantes galerias comerciais, etc. Existem ainda os parques tecnológicos, que associam empresas a organismos de ensino universitário e de investigação.
Vimos as novas formas de comércio, associadas a estabelecimentos de grande dimensão, como centros comerciais super e hipermercados e grandes superfícies especializadas. Nestes centros comerciais existem tanto bens raros como banais, é utilizada a estratégia de lojas “âncora”, os super e hipermercados, que servem para atrair mais compradores para estes centros comercias. O sucesso de qualquer destas novas formas de comércio está aliado à facilidade de estacionamento e à acessibilidade, ao aumento da taxa de emprego feminino, à maior mobilidade e ao aumento do nível de vida das famílias são as vantagens destas novas formas de comércio. Nas desvantagens encontramos as condições de trabalho que os empregados têm (trabalho precário, contractos a prazo, salários baixos e horários sobrecarregados).
Vimos medidas para promover o centro das cidades, como a organização do trânsito, a criação de espaços de estacionamento, o aumento da qualidade e eficácia dos transportes públicos, cortar o trânsito em algumas ruas para atrair pessoas para o centro, e implementação de programas e iniciativas que incentivam e dão apoio financeiro (que vêm da União Europeia) a projectos de revitalização urbana.
Texto apresentado pela Ana Rocha, aluna nº 2 do 11º D 

Aula de 26 de Novembro

Na aula de Geografia do dia 26 de Novembro abordámos a diferenciação de funcional das cidades. Dentro deste assunto falámos da regra dos preços do solo: quanto mais perto do centro da cidade mais elevados, excepto os locais fora do centro, mas com aspectos atractivos, e ocupados pelo sector terciário (por ex.: zona Palácio do Gelo em Viseu e Parque das Nações em Lisboa).
Definimos também o CBD – área central de negócios -, onde são predominantes as actividades ligadas ao sector terciário e é habitado normalmente por idosos com rendas baixas, congeladas, em prédios onde são impossíveis as reparações, ou por jovens de classe média-alta. É também uma zona de preços elevados.
Vimos os Zonamentos – vertical e horizontal em Lisboa. O vertical consiste na diferenciação de um terreno em altura e na preferência de determinadas funções por um determinado piso de um prédio. O horizontal consiste na diferenciação funcional de um território em zonas com diferentes características.
Na aula, falámos também do processo de descentralização do comércio, cuja organização urbana se baseia na proximidade e centralidade. Crescendo assim a partir do CBD, numa primeira fase, a de centralização, quando o número de funções e de estabelecimentos se concentram na área central. Mas, certas actividades são obrigadas a migrar para áreas fora do centro – início da descentralização. Ao longo do tempo vão sendo criados novos centros secundários, assistindo-se assim a uma estrutura hierárquica. Numa última fase verifica-se uma desconcentração locativa do comércio com eixos viários privilegiados e com boas acessibilidades.
Vimos, por fim, as áreas comercias na região de Lisboa, onde se assiste a uma estrutura policêntrica com diferentes tipos de centros e em diferentes formatos de espaços comerciais.
Texto apresentado pela Ana Carolina Fernandes, aluna nº1 do 11ºD

Aula de 22 de Novembro

Portugal mais urbano
Em Portugal tem se vindo a assistir a uma concentração da população e das actividades nas áreas urbanas; estas áreas urbanas são consideradas como motores de crescimento económico, de competitividade e de emprego.
Nos últimos anos tem-se notado um ritmo de crescimento urbano acelerado, o que vai reflectir na taxa de urbanização.
De alguns anos para cá o sistema estatístico nacional tem considerado como urbanos, além das cidades, todos os locais com população superior a 5000 habitantes.
A população cada vez mais se concentra nas áreas urbanas; este fenómeno também se tem notado na restante Europa.
Os centros urbanos onde se tem acentuado um maior crescimento em Portugal são os centros urbanos mais a litoral, nomeadamente Lisboa e Porto. Este fenómeno denomina-se de litoralização.

A diferenciação funcional
A área urbana oferece uma grande oferta de funções (comércio, serviços de saúde, administrativos e culturais, industrias e habitações) que, regra geral, se encontram organizadas no espaço, formando as áreas funcionais - áreas homogéneas em termos das funções que oferecem.
Um dos principais factores que condicionam as áreas funcionais é a renda locativa – custo do solo urbano em cada local.
A renda locativa é influenciada pela acessibilidade e pela distância ao centro.
De modo geral conforme nos afastamos do centro da cidade, o preço do solo diminui. Se a área for rica em funções e acessibilidades, o solo é mais caro.
Encontram-se nas áreas mais caras os serviços que podem pagar rendas mais elevadas, como bancos, seguradoras e serviços públicos.
Nos centros da cidade assiste-se a uma especulação fundiária – sobrevalorização dos solos.

As áreas terciárias
Em todas as cidades existe uma área central. Nas cidades de grande dimensão, atribui-se, geralmente, a designação de CBD (central business district). A área mais central é o mais importante da cidade. É uma área muito atractiva para os visitantes e fornece emprego a muita gente (o caso do rossio ou da baixa de Lisboa).
O CBD distingue-se das restantes áreas da cidade pela grande concentração de actividades terciárias.
No CBD o tráfego é muito intenso, tanto de veículos como de peões durante o dia. Durante a noite o número de alojamentos é reduzido e os residentes que aqui vivem são essencialmente pessoas idosas, que ocupam casas antigas. Nos edifícios restaurados, por vezes são habitados por pessoas mais jovens e bens sucedidas na sociedade urbana ( young urban professionals).
Texto apresentado pelo Wilson Figueira, aluno nº 22 do 11ºD

domingo, 28 de novembro de 2010

Aula de 19 de Novembro

A estrutura actual da rede urbana em Portugal revela grandes diferenças em comparação com a realidade do século XVI.
Desde o século XVI até hoje que não só aumento o número de cidades como a sua distribuição modificou, ou seja antes a grande concentração de cidades era no interior e ascendiam por questões defensivas, como era a zona do Alentejo interior, nomeadamente Portalegre. Agora já não é assim, o grande aglomerado de cidades encontra-se no litoral, entre Setúbal a Braga, com destaque para as zonas metropolitanas de Lisboa e Porto, e ascenderam por questões muitas vezes político-partidárias em vez de geográficas.
Portugal tem cidades a mais, e que cresceram a um ritmo muito grande, sendo já 156 cidades. Isto devesse à lei que é muito extensa e contraditória, facilita a que muitas vilas ascendam a cidades, continuando muitas das vezes essas cidades num meio rural como S. Pedro do Sul.
Esta situação começou a agravar a partir da década de 1980 em que se começa a encontrar a maior concentração de “promoção” administrativas de vilas a cidades.
Sendo que a população portuguesa tem vindo a urbanizar-se estando actualmente nos 60%.
A distribuição das cidades é muito irregular e heterogénea devido a vários factores como a litoralização que é a concentração de pessoas no litoral entre Setúbal a Braga; a suburbanização em que a cidade “perde” habitantes para os concelhos em redor; e a bipolarização em que à concentração de pessoas em duas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.
Para “edificar” uma cidade é necessário existir um planeamento, onde as cidades devem ser organizadas segundo os serviços que têm ou seja é possível observar nas cidades áreas bastante diferenciadas com funções distintas terciária, residencial, industrial, sendo estes espaços as chamadas Áreas Funcionais. E, um dos factores que condicionam as áreas funcionais é as rendas locativas que têm a ver com o preço dos terrenos, que por norma o preço aumenta quanto mais perto do centro, pois é uma área de maior acessibilidade, de maior concentração de funções, estando presente o sector terciário.
Como sendo um dos locais mais “apetecíveis”, como para o sector terciário, estas zonas estão muitas vezes sujeitas a Especulação Fundiária, onde existe o aumento do preço dos terrenos. Mas muitas vezes a variação das Rendas Locativas com a distância ao centro nem sempre é uniforme, ou seja podemos ter zonas longe do centro, como o Palácio do Gelo – Viseu e o Parque das Nações – Lisboa, e por serem áreas muito atractivas, com shopping, etc, também são terrenos caros.
Assim o centro é dominado por actividades do sector terciário, onde os terrenos mais caros são ocupados por eles e os mais baratos pela indústria.
Os centros das cidades designados por Baixa ou Rossio também se caracterizam por serem o CBD (Central Business District) área central de negócios e que se trata de uma área muito atractiva para os visitantes mas que também fornece emprego a muita gente. É onde se encontra uma extensa actividade comercial como especializado e banal; vários serviços tanto administrativos como económicos e ainda hotéis e restauração. E ainda se caracteriza por uma concentração de população flutuante.
Texto apresentado pela Tânia Dias, aluna nº 20 do 11ºD

Aula de 17 de Novembro

Aguardamos pelo texto da Soraia Dias, aluna nº 19 do 11ºD

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Expansão urbana em Portugal foi das maiores da Europa

Segundo o Jornal Público, Portugal registou um dos maiores crescimentos urbanos da União Europeia da última década.
O desenvolvimento urbano em Portugal concentrou-se nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto e junto à faixa costeira de Lisboa/Setúbal a Porto/Viana do Castelo e, mais recentemente, na costa algarvia.
Metade das áreas urbanas de Portugal continental concentram-se numa faixa de apenas 13 quilómetros junto à costa, indica um relatório da Agência Europeia do Ambiente (AEA).
No período 1990-2000, a urbanização do litoral cresceu aproximadamente 30 por cento mais rápido do que as regiões do interior.
Portugal e Espanha destacam-se precisamente como os países em que o litoral enfrenta mais ameaças. A urbanização do litoral e a expansão urbana em zonas costeiras já não são necessariamente induzidas e suportadas pelas principais cidades. Pela sua natureza, o uso urbano do território no litoral tornou-se suburbano, e que este novo fenómeno desafia o ambiente e a sustentabilidade das zonas costeiras.
A expansão habitacional é responsável, em média, por mais de 45 por cento da transformação do litoral em superfícies artificiais.
O investimento nas casas à beira-mar tem sido impulsionado pelo turismo e lazer da Europa do Norte, mas também pela procura interna.
Os países ou regiões com elevada densidade populacional ou actividade económica (Bélgica, Holanda, Alemanha ocidental e do sul, norte de Itália, região de Paris) e/ou rápido crescimento económico (Irlanda, Portugal, Alemanha oriental e região de Madrid) foram os que tiveram impactes mais visíveis da expansão urbana. A expansão foi também particularmente evidente em países ou regiões que beneficiaram das políticas comunitárias regionais.
Embora a população esteja a diminuir em muitas regiões europeias, as áreas urbanas continuam a crescer nessas mesmas regiões, nomeadamente em Portugal, Espanha e algumas partes de Itália. Quatro em cinco cidadãos europeus vivem em zonas urbanas.
Fonte: Jornal Público
Texto apresentado pela Ana Rocha, aluna nº 2 do 11ºD

O potencial da agro-indústria

Segundo o Jornal de Notícias, os países planeiam agora o período “pós-crise” financeira e económico, e apostam no desenvolvimento económico sectorial, na atracção de investimento (nacional e estrangeiro), no incremento da inovação e na exportação. É realçado o papel importante, para Portugal, do sector agrícola.
Embora o potencial da agricultura tenha vindo a ser globalmente substimado, o nosso País tem enormes potencialidades naturais (climáticas e de solo) para produzir produtos agrícolas de excelente qualidade, devendo reconverter o sector para novas apostas. Por exemplo, quer a produção integrada - que permite o cultivo de uma área mais ampla que a agricultura biológica - visando obter produtos de qualidade e utilizando recursos naturais que permitem a redução de custos de produção por hectare, quer a agricultura biológica são duas áreas com forte potencial de crescimento no nosso País.
Por outro lado - e dado que na actual conjuntura internacional, as economias competitivas serão aquelas que melhor controlarem as tendências do mercado internacional, encorajando a emergência de clusters competitivos - inovar no sector agrícola e torná-lo estratégico no futuro é um desafio a que Governo e empresários portugueses precisam responder. Daí que o reforço para 2010 para as agro-indústrias e a nova linha de crédito para a agricultura e pecuária expresse a concretização de medidas de carácter excepcional neste sector. Com a criação destas linhas de crédito para as empresas agrícolas e pecuárias e o reforço da linha já existente destinada às empresas florestais e agro-industriais - aprovada em 10 de Dezembro último - o Governo procura agora encorajar e facilitar o investimento neste sector económico.
Uma vez que em Portugal a dependência alimentar é, e será, uma preocupação estratégica para o desenvolvimento do país, reconsiderar o regresso à agricultura e apostar na agro-indústria parece incontornável.
Fonte: Jornal de Notícias
Texto apresentado pela Ana Rocha, aluna nº 2 do 11ºD

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Aula de 15 de Novembro

Na aula do dia 15 de Novembro de 2010 estudámos a indústria e o desenvolvimento rural, a silvicultura, energias renováveis, estratégias de desenvolvimento rural.

Desenvolvimento Rural
Nas áreas rurais é frequente as indústrias estarem ligadas à produção agro-pecuária, à exploração florestal e à extracção de rochas e minerais.
Se uma industria se desenvolver numa determinada zona, isso fará com que se crie emprego directa e indirectamente, atraindo população e gerando efeitos multiplicadores.

Factores de atracção
Os factores que atraem a fixação da indústria são a mão-de-obra barata, boas infra-estruturas e acessibilidades, serviços de apoio à produção, a proximidade de mercados com importância e as medidas de politica local e central.

Silvicultura
As áreas florestais representam uma importante parte do território nacional, podendo ser um contributo para o emprego e para o rendimento. A floresta nacional caracteriza-se pelo elevado número de espécies que permite a variedade de produção.
Funções desempenhadas pelas áreas florestais:
→ Função económica ( gera emprego e riqueza)
→ Função social (dá ar puro e espaços de lazer)
→ Função ambiental

Problemas da silvicultura:
→ Fragmentação da propriedade florestal ( ou seja a área florestal esta muito dividida)
→ Baixa rentabilidade
→ Elevado risco da actividade (incêndios florestais)

Algumas soluções podem ser:
→ Promoção do emparcelamento (junção de florestas)
→ Criação de instrumentos de ordenamento e gestão florestal (contrariando o abandono)
→ Simplificação dos processos de candidatura a programas de apoio à floresta.
→ Promoção do associativismo.
→ Diversificação das actividades nas explorações florestais e agro-florestais.
→ Combate a pragas e doenças.
→ Medidas de prevenção de incêndios.

Energias renováveis
As energias renováveis são um sector para o qual Portugal tem boas condições e que pode contribuir para a criação de emprego e riqueza em zonas rurais.
Exemplos de energias renováveis:
Biomassa-bioenergia
A biomassa é a matéria orgânica vegetal ou animal que pode ser utilizada como fonte de energia.
Energia eólica
No nosso pais há boas condições para a produção de energia eólica.
Uma curiosidade é que o nosso distrito de viseu é o distrito que mais energia eólica produz.
Energia Hídrica
A energia hídrica é muito útil nas zonas rurais.
A energia hídrica é o recurso natural mais utilizado na produção de electricidade no nosso pais, representando cerca de 40% .

Estratégias de desenvolvimento Rural
Desde o aparecimento da Agenda 2000 que se aprofundaram as medidas de desenvolvimento.
As medidas são as seguintes:
→ Medidas agro-ambientais que juntam a pratica de uma agricultura amiga do ambiente.
→ Indemnizações compensatórias que possibilitam uma agricultura sustentável e amiga do ambiente.
→ Apoios à silvicultura e à sua gestão sustentável.
→ A iniciativa comunitária LEADER.
Estas medidas são apoiadas pelo FEOGA

O que é a iniciativa comunitária LEADER?
A LEADER é a Ligação Entre Acções de Desenvolvimento da Economia Rural. Esta iniciativa teve efeitos positivos em quase todas as zonas do nosso país.
No QCAIII passou a chamar-se LEADER+
Objectivos da LEADER+ para Portugal:
→ Melhorar em todos os aspectos a organização e as competências locais.
→ Incentivar e melhorar a cooperação entre as zonas rurais.
→ Promover as qualidades das áreas rurais, transformando-as em espaços de oportunidades.
→ Garantir novas ideias de desenvolvimento sustentável.
→ Divulgação dos saberes e transferência de experiencias ao nível europeu.
Texto apresentado pelo Sandro Castro, aluno nº18 do 11ºD

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Aula de 12 de Novembro

Na aula do dia 12 de Novembro de 2010 fizemos um resumo da aula anterior onde falamos sobre a tipologia das áreas industriais portuguesas: cidades de Lisboa e do Porto; áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto; áreas rurais periféricas às AM´S; áreas industriais antigas dos distritos do litoral; áreas industriais antigas dos distritos do interior: sedes de distrito; áreas rurais marginais.
Verificámos que se tem vindo a assistir a um grande dinamismo das áreas (ainda) rurais envolventes das áreas metropolitanas e das áreas rurais marginais.
Falámos sobre os factores responsáveis pelo crescimento industrial nas áreas rurais:
- a atribuição de subsídios, através de programas nacionais e da EU;
- a aplicação de incentivos fiscais às empresas;
- a concessão de crédito a taxas de juro mais baixas;
- o incremento da formação profissional, através do FSE;
- as vantagens da proximidade a Espanha (novos mercados);
A indústria apresenta vários efeitos multiplicadores, como a melhoria das condições de vida e a criação de novos empregos na (novos acessos, equipamentos sociais e culturais 
Analisámos uma notícia que falava que o Parque Industrial de Vendas Novas aloja 50 empresas e dá trabalho a mais de mil pessoas e receberá em breve uma das maiores corticeiras nacionais. Recebeu fundos comunitários (PRIME, para apoio à modernização da economia), e do LEADER(programa de apoio a acções de desenvolvimento da economia rural).
Depois vimos outra notícia sobre as aldeias imunes à crise devido à indústria de cutelaria e tanoaria que dá emprego a muitas pessoas, pois é necessário muita mão-de-obra. Mas vimos outra notícia em que era o contrário, a fábrica não conseguia arranjar trabalhadores.
Para acabar vimos um documentário sobre fábricas de calçado.
Texto apresentado pela Raquel Gonçalves, aluna nº 17 do 11ºD

Aula de 10 de Novembro

No dia 10 de Novembro (quarta-feira), demos início ao estudo das actividades industriais nas áreas rurais.
Normalmente as áreas rurais estão confinadas sobretudo às actividades do sector primário, mas não têm de estar. É necessário diversificar as suas funções, tornando-as mais abertas à modernização e à inovação.
Nos últimos 40 anos o fenómeno da industrialização em Portugal percorreu três fases: a 1ª fase foi entre 1960 -1973; a 2ª fase foi entre 1973-1986 e a 3ª fase iniciou-se em 1986.
Houve uma Industrialização tardia pois, apenas em 1963 é que o valor da produção industrial ultrapassou pela primeira vez o da produção agrícola. E Portugal passa a fazer parte do grupo de países europeus em vocação industrial.
Os principais factores responsáveis pelo crescimento industrial pós-1963 foram a adesão de Portugal à EFTA (Associação Económica de Comércio Livre), o fomento das exportações, a aplicação de incentivos fiscais aos empresários, as vantagens e facilidades de acesso ao crédito e a abertura ao investimento externo (multinacionais).
As principais indústrias eram as industrias químicas e dos plásticos e a industria têxtil e do calçado. Estas indústrias estavam orientadas pela lógica das economias de escala e da mão-de-obra barata.
A crise industrial pós-1974 foi marcada por vários acontecimentos como a crise petrolífera de 1973 (aumento do preço do barril de petróleo), a dificuldade de colocar os produtos nacionais no mercado externo, a concorrência imposta pelos NPI’s (Coreia do Sul, Hong Kong, Singapura e Taiwan), os reduzidos índices de produtividade da mão-de-obra e aos investimentos nacionais e a excessiva intervenção do Estado na economia nacional.
A intervenção do Estado permitiu desvalorização da moeda que permitiu a promoção das exportações e provocou dificuldades na compra de matérias-primas.
O fenómeno da industrialização em Portugal não foi homogéneo. É possível distinguir seus tipos de regiões industriais com características diferentes:
I. Cidades de Lisboa e do Porto – espaços com funções de direcção e gestão da actividade industrial.
II. Áreas Metropolitanas de Litoral e do Porto – áreas fortemente industrializadas com unidades bastante sensíveis a economias de escala e aglomeração.
III. Áreas rurais periféricas às AM’s – espaços pouco industrializados com tendências para aumentar a sua participação de emprego empresarial.
IV. Áreas industriais antigas dos distritos do litoral – enclaves industriais em áreas rurais, cujo desenvolvimento assentou na oferta de recursos naturais, energia e boas qualidades.
V. Áreas industriais antigas dos distritos do interior – espaços com origem semelhantes aos do litoral, assentes numa lógica familiar e local, fortemente dependentes do sector têxtil.
VI. Sedes de distritos – áreas que oferecem vantagens de aglomeração (mercado, mão-de-obra, serviços), atraindo investimentos antigos.
Texto apresentado pela Raquel Silva, aluna nº 16 do 11º D

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Notícias sobre o turismo

Segundo o Jornal de Notícias, Portugal registou nos primeiros sete meses do ano um aumento de 8,4 por cento nas receitas turísticas, um crescimento muito superior ao verificado em Espanha. Enquanto em Espanha as receitas turísticas cresceram 1,6 por cento face aos primeiros sete meses de 2009, Portugal registou um aumento muito superior (mais 8,4 por cento), acrescentando 303,8 milhões de euros às receitas do ano passado. Apesar da Espanha ser o segundo maior destino turístico mundial, com seis vezes mais dormidas do que Portugal, o saldo da balança turística portuguesa aumentou 187,6 milhões de euros (mais 9,3 por cento até Julho) enquanto em Espanha cresceu 172,7 milhões de euros (mais 1,2 por cento).
Ainda segundo este jornal, o Instituto Nacional de Estatística (INE) refere que o turismo na região Norte continua a apresentar índices de crescimento, apesar da actual conjuntura económica. Relativamente ao mês de Agosto deste ano, os proveitos totais da região ascendem aos 30,3 milhões de euros, representando um crescimento homólogo de 15,9%. A média de crescimento nacional situa-se nos 9,8%. Também o número de dormidas registou uma melhoria de 1,4% face ao mês de Agosto de 2009, perfazendo um total de cerca de 603 mil dormidas. Estes números indiciam um aumento na procura da região no Verão. Agosto vem completar um total de quinze meses de crescimento progressivo nas dormidas no Porto e Norte de Portugal, sendo a única região do país a alcançar este registo.
Foi referido que premiar o trabalho desenvolvido por toda uma região e dar a conhecer uma zona menos conhecida pode ser mais uma forma de incentivar a entrada de turistas nacionais e estrangeiros.
Fonte: Jornal de Notícias
Notícias apresentadas pela Ana Rocha, aluna nº 2 do 11ºD

Viver no meio rural tem as suas vantagens

Em tempos de crise morar fora das cidades pode ser mais prático e acessível. Vamos conhecer alguns casos que revelam as vantagens de viver em pequenas comunidades:

- "Montanha Mágica": um casal de ceramistas que se refugiou no Gerês, realiza workshops e exposições de peças artesanais.
José afirma " não saio da montanha nem morto! ". A esposa resolveu dedicar-se ao ateliê e à horta, que tem uma vista fabulosa para a serra e para a albufeira da barragem de Paradela.
O casal já não pensa sequer em sair do local;

- "Na toca do lobo": uma bióloga e um cientista madeirense instalaram-se numa aldeia transmontana, Eiriz.
Para eles a tradicionalidade tem um "encanto especial".
Clara trabalhou num projecto de conservação do lobo ibérico, e Sandro fez uma pós-graduação de Turismo de Natureza. Juntaram-se e criaram uma empresa de animação turística, a Monte de Encanto, fundada há 3 anos, virada para o ecoturismo e para a valorização dos produtos locais.
São muitas as vezes que se abastecem em supermercados espanhóis, uma vez que os produtos e serviços são mais baratos.
É possível participar em actividades como a apanha do cogumelo, da castanha e da amora, da qual fazem compotas para venda. Planeiam que um dia os seus filhos fixem em Eiriz para estarem em contacto com a natureza e com as coisas simples da vida;

- "E Portugal aqui tão perto": Irene Oliveira, 69 anos, residente em Santa Leocádia, coordena um ateliê de bordados, dá aulas de ginástica, cuida dos jardins públicos, entre outras actividades.
Santa Leocádia é uma freguesia de boas práticas comunitárias, perto de Viana do Castelo e Ponte de Lima.
Todos os habitantes têm médico de família e as escolas são tecnológicas. Nesta freguesia existe grupo de teatro, organizam-se circuitos BTT, torneios, corridas, entre outros eventos.
O museu, a biblioteca itinerante, as aulas de fitness e os postos de net juntam as gerações da freguesia.
Irene diz ter tudo como na cidade, mas que também tem o que a cidade não tem: vizinhança, ar puro e autocarro à porta para ir passear.
Carlos Torres saiu do Brasil e veio para Santa Leocádia viver, onde governa sem salário.
Carlos afirma que a urbanização da freguesia avança gradualmente, e que a freguesia tem uma cooperativa onde adivinham produtos agrícolas inovadores, a criação de uma marca regional de sabores e artesanato, projectos na área pastorícia e aproveitamento de energias;

- "O `rei pescador": Dinis Parreira decidiu voltar à praia que o viu nascer há 51 anos para fazer aquilo que gosta: pescar.
Acabou por abrir um restaurante" O Dinis", famoso pela qualidade e frescura do peixe.
Para voltar a pescar arranjou um barco e pescava à moda antiga, com a arte de arrastar.
Dinis afirma que gosta de pescar e de dormir nas dunas, e que enquanto o fizer será feliz;

- " Um bebé na aldeia ": O casal de geólogos rumou para a Beira Baixa em busca de oportunidades, fugido do desemprego. Compraram uma casa no centro da aldeia, onde outrora funcionava um forno comunitário.
Para além da recuperação do forno, no qual ainda cozem pão que vendem na sua padaria, acrescentaram um piso com 6 habitações, onde hoje funciona o turismo rural Casa do Forno frequentada essencialmente por estrangeiros que adoram a região.
Á volta da aldeia existem diversos percursos pedestres, de rara beleza.
Luísa, a filha do casal já nasceu na aldeia, e melhor ambiente para ela não há.

- "Em paz com a Natureza": o baixista dos GNR, Jorge Romão, mudou-se para Aspra com a mulher e os quatro filhos.
O baixista revela que foi amor à primeira vista pelo local e logo construiu uma casa de fim-de-semana. Mas, quando perceberam que a qualidade de vida era bem melhor em Aspra, decidiram aí permanecer.
Há simples coisas que fazem as “delícias da família”, como a vizinhança, a natureza e a bicharada.
Quando não está ocupado, Jorge dedica-se à agricultura, para prevenir o stress.

- " Regresso às origens": Para fugir da confusão da cidade, a fadista Cristina Branco
e família mudaram-se para Almeirim.
A actual casa, no centro da pequena cidade ribatejana, situa-se paredes-meias com um antigo convento e o mercado.
No entanto, não estão na cidade e têm tudo como lá, desde os médicos, as escolas, o comércio.
Também existe uma mercearia gourmet, na qual podem encontrar mel do apicultor e fruta apanhada directamente das árvores para a loja.
A vizinhança preocupa-se com o bem-estar da família da fadista e ajuda-a no que é preciso.
Cristina afirma que fora das cidades " as pessoas vivem com mais tempo, convivem mais, interajudam-se como não o fazem nas grandes cidades.";

- Segundo a psicóloga Maria João Figueiredo, tem-se vindo a assistir cada vez mais ao êxodo rural.
Por vezes uma pequena herança no meio rural pode constituir o ponto de partida para o início de um novo projecto. Nestas situações é o lado afectivo que pode falar mais alto.
A vida no campo é mais calma do que na cidade, e o contacto com o meio ambiente é maior, assim como a possibilidade de ter uma horta para produzir os próprios alimentos.
A vida e trabalho fora da cidade não implicam que não se possa continuar a lá ir. No entanto as novas tecnologias e comunicações fazem com que as pessoas não se sintam isoladas.
A psicóloga acompanha doentes de 30, 40 anos, com problemas cardíacos, por vezes derivados ao stress citadino, razão que leva alguns a mudar-se para o campo.
Fonte: revista Visão
Notícia apresentada pela Ana Rosa, aluna nº3 do 11ºD

Produção biológica

João Carocha, voltou para Coruche após estar emigrado na Alemanha com a esposa e abriu um negócio de fabrico de cosméticos naturais e biológicos, a Laverde.
Actualmente, a Laverde é a única fábrica portuguesa com o selo Ecocert, um certificado francês que atesta a qualidade das matérias-primas utilizadas nos produtos.
A maioria dos seus consumidores é estrangeira, exportando 70% da produção para a Alemanha, França, Dinamarca e Suíça.
A fábrica factura 1,8 milhões de euros. É uma empresa constituída por 21 trabalhadores, sendo alguns da família.
Nicole, filha do casal, é farmacêutica e encarrega-se do controlo de qualidade na empresa. Jessica, a outra filha, é engenheira química e é responsável pelo enchimento na fábrica.
O facto de as matérias-primas não serem tradicionais, do processo de fabrico ser mais cuidado, das embalagens obedecerem a determinadas regras de controlo, fazem com que haja custos mais elevados no fabrico destes produtos.
João afirma não ir de férias com a família há dez anos, mas que aproveita para descansar quando vai para a sua horta.
Fonte: revista Visão
Notícia apresentada pela Ana Rosa, aluna nº3 do 11ºD

Agricultura ligada às novas tecnologias

Muitos ativistas têm lutado pela preservação da Natureza. Um deles é Miguel Paisana, que se juntou a um grupo de amigos e criaram uma horta comunitária, a Couves para Todos.
A sua horta, com 100 metros quadrados é aproveitada ao máximo com abóboras, tomates, alfaces, beringelas, entre outros vegetais.
A Junta de Freguesia de Monte Abraão cedeu-lhes um terreno baldio, o qual tornaram numa horta urbana, com o objectivo de dinamizar as grandes urbes.
O grupo de amigos foi rapidamente apadrinhado pelos agricultores do bairro, com quem foram aprendendo. Actualmente são eles que ensinam novas técnicas aos agricultores, para que as hortas sejam consideradas auxílios à subsistência.
Tentam fazer uma agricultura tradicional e biológica, utilizando água de uma ribeira e fertilizantes das cavalariças.
A internet serve de recurso a novas práticas e truques sobre a agricultura, e é através do correio electrónico que decidem diariamente quem será o responsável pela rega da horta.
Miguel e os seus amigos afirmam que gostavam que houvesse mais pessoas interessadas em participar, para partilharem o conhecimento. Apesar disso, já contribuíram para um ambiente urbano melhor e continuam motivados.
Fonte: revista Visão
Notícia apresentada pela Ana Rosa, aluna nº3 do 11ºD

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Aula de 8 de Novembro

Na aula do dia 8 de Novembro debatemos a sustentabilidade do turismo e o desenvolvimento dos produtos de qualidade.
Dentro da sustentabilidade do turismo vimos que o turismo nas áreas rurais deveria ser planeado no respeito pelo ambiente e pelos valores culturais locais, promovendo a qualidade na oferta e incentivando à redução da sazonalidade (mais emprego só em algumas épocas do ano, como é o caso de Portugal).
O turismo é muito importante para as áreas rurais, mas esta actividade também comporta alguns riscos que é necessário precaver de modo a garantir a sua sustentabilidade.
Em Portugal existem várias regiões que estão agora a apostar no turismo em espaços rurais como é o caso da barragem do Alqueva e o litoral alentejano.
Estas regiões devem planear e promover o turismo de uma forma sustentável, evitando problemas que ocorrem noutras regiões como: a muita construção de alojamento; o subaproveitamento do solo agrícola; a valorização dos terrenos que leva à corrupção; a falta de formação profissional; a massificação das formas de turismo; a degradação dos recursos naturais e a desfiguração da paisagem.
A actividade turística nas áreas rurais deve ser entendida como um equilíbrio com as actividades tradicionais e inserida na industria e educação.
Dentro do desenvolvimento dos produtos de qualidade vimos que as produções animais e vegetais tradicionais devem ser preservadas mas também promovidas. A maioria dos produtos regionais é obtida através de sistemas extensivos que lhes dá maior qualidade, uma imagem regional ajuda à sua valorização, cada vez mais a procura destes alimentos tem vindo a aumentar, estes produtos constituem uma importante via para a obtenção de rendimentos suplementares (desde que não sejam subsidio dependentes). A União Europeia já reconheceu que este tipo de produções é importante.
O artesanato é também uma forma de criar emprego nas áreas rurais, esta actividade deve ser promovida para que não se extinga.
Texto elaborado pela Raquel Ferreira, aluna nº 15 do 11ºD

Aula de 5 de Novembro

Na aula de 6ª feira terminámos o visionamento do vídeo sobre o turismo rural no Algarve.
Falámos das especificidades do Turismo em Espaço Rural (TER): contacto directo com a natureza; ligação mais profunda à população local; serviço de hospedagem personalizado e familiar, que permite um envolvimento no estilo de vida rural; usufruto da gastronomia, artesanato, usos e costumes rurais.
Há cinco modalidades de TER: turismo de habitação; turismo rural; agro-turismo; turismo de aldeia; casas de campo.
O Turismo de Habitação desenvolve-se em casas rústicas (solares e palacetes); tem serviço de hospedagem de natureza familiar; é favorável pelos incentivos financeiros concedidos ao restauro de antigas casas senhoriais.
O Turismo Rural tem um carácter de natureza familiar; é prestado em casas rústicas particulares; estas casas são utilizadas em simultâneo como habitação do proprietário; são organizadas actividades complementares (percursos pedestres, visitas a museus).
O Agro-turismo é prestado a turistas em casas particulares; as casas estão integradas em explorações agrícolas (permite a participação dos turistas em trabalhos agrícolas).
Turismo de Aldeia é prestado num empreendimento turístico (mínimo de 5 casas); modalidade que envolve toda a aldeia.
O Turismo de Casas de Campo é prestado em casas particulares e em casas de abrigo localizadas em áreas rurais; podem ser ou não ser utilizadas habitação própria; integram-se na agricultura local.
Este tipo de turismo é feito por clientes da classe média/alta, com razoável poder financeiro.
O Alto Minho e o Algarve (Serra de Monchique) constituem as regiões onde mais se têm realizado investimentos turísticos. No Cento destaca-se o distrito de Viseu. O Interior Alentejano também tem alguns focos. Trás-os-Montes e o Litoral Alentejano apresentam reduzidos investimentos no turismo rural.
O turismo promove importantes efeitos multiplicadores na economia; desenvolve outras actividades, como os transportes, a restauração, a construção civil, o artesanato, etc. Aumenta o emprego directo e indirecto.
Existem outros tipos de turismo complementares ao TER: Turismo Ambiental; Turismo Fluvial; Cultural; Eno-turismo; Cinegético; Termal.
O Turismo Ambiental aposta em actividades ao ar livre (canoagem, BTT etc.); está ligado ao turismo radical e de aventura.
O Turismo Fluvial aproveita os recursos fluviais (rios, ribeiras); por exemplo os cruzeiros do Douro.
O Turismo Cultural é feito em locais onde há património arqueológico, histórico e etnográfico; castelos e museus, festas tradicionais.
O Enoturismo está ligado á apreciação de vinhos; é também gastronómico; é feito principalmente na região do Douro.
O Turismo Cinegético é um tipo de turismo ligado à caça, é feito em zonas de caça turística e associativa.
Turismo Termal é feito em locais onde há águas subterrâneas com fins medicinais (S. Pedro do Sul).
Foi ainda possível analisar um vídeo sobre o Parque Nacional da Peneda-Gerês que falava sobre a restrição de algumas zonas aos turistas.
Texto apresentado pelo Nuno Duarte, aluno nº 14 do 11º D

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Aula de 3 de Novembro

Portugal está entre os 15 países do mundo com maior procura turística (actividade económica que pertence ao sector terciário).
Os principais factores responsáveis por este crescimento são: a redução do tempo de trabalho ao longo de toda a vida, o aumento do tempo destinado a lazer, o aumento do poder de compra e as facilidades concedidas em termos de mobilidade.
Mas, com esta prática de turismo nem só os hotéis ficam a ganhar, mas também toda a região fica: as economias local e regional aumentam, o artesanato fica mais conhecido e os visitantes ou turistas começam a dar o devido valor aos costumes e às tradições daquela região.
O turista é aquele que pernoita, enquanto o visitante é aquele que se desloca por motivos turísticos mas não pernoita. O Estado português beneficia com o turismo pois reduz o seu défice. Após o 25 de Abril de 1974 esta actividade começou a ganhar mais ênfase no país; isto deveu-se aos preços competitivos, à publicidade e marketing, à própria segurança do pais e ao património cultural.
Esta actividade desenvolveu-se mais no litoral: Algarve, Lisboa, Porto, Madeira. Isto deveu-se ao turismo balnear, sendo o Algarve a região que mais turistas acolhe. Dentro do turismo em Portugal temos que ver que os estrangeiros são os que mais visitam e passam férias em Portugal: em cada 10 pessoas 7 são estrangeiras e apenas 3 são portuguesas. Os ingleses são o povo que mais passa férias em Portugal seguindo-se os alemães… Já o turismo em espaço rural tem vindo a aumentar: as vantagens que este turismo produz são o desenvolvimento de novos serviços, a recuperação do património histórico, a revitalização de associações, o apoio ao artesanato local, a conservação da natureza…
Como vimos no filme, o turismo é cada vez mais uma opção para reduzir o défice português e para se ganhar dinheiro.

Texto apresentado pelo José Soares, aluno nº 13 do 11ºD 

sábado, 30 de outubro de 2010

Aula de 27 de Outubro

Quase 30% da população portuguesa reside nas áreas rurais, que ocupam a maior parte do território nacional. Somos um país onde a maior parte do espaço é rural, mas a maior parte da população vive no espaço urbano. A grande área de recursos naturais, humanos e culturais é afectada por dificuldades comuns. Cada vez é maior a diferença entre o espaço urbano e o espaço rural.
As áreas existentes em Portugal são de trêstipos: as áreas predominantes urbanas, onde menos de 15% da população reside em freguesias com menos de 150 hab./km2; as áreas significativamente rurais, onde 15% a 50% da população reside em freguesias com menos de 150 hab./km2 e as áreas predominantemente rurais, onde mais 50% da população reside em freguesias com menos de 150hab./km2. Portugal é um país macrocéfalo.
A multifuncionalidade das áreas rurais implica a pluriactividade que permite o pluri-rendimento, através do desenvolvimento em actividades alternativas e complementares. É possível preservar os valores do turismo, com a fixação de população e o desenvolvimento de actividades económicas sustentáveis, com a aplicação de medidas para que as áreas rurais se desenvolvam.
Portugal é ainda um país "subsidiodependente". A perda e o envelhecimento da população, o baixo nível de qualificação e abandono de terras agrícolas são alguns problemas enfrentados pelas áreas rurais. Estes problemas colocam em evidência o risco de marginilização para as áreas rurais do país.
Recursos endógenos são recursos naturais e humanos próprios de um território, que constituem vantagens relativas para o seu desenvolvimento: património histórico, baixos níveis de poluição e elevado valor paisagístico das culturas. Poderão também constituir elementos de oportunidade a procura de produtos de qualidade, a valorização das energias renováveis e a preservação do ambiente. O carácter multifuncional do sector agroflorestal afirmou-se com uma tripla valência: económica, ambiental e social.
No final da aula analisámos um video sobre a aldeia espanhola de Alberca, onde existe muito turismo durante o ano.
Texto apresentado pela Joana Silva, aluna nº 12 do 11ºD

Aula de 18 de Outubro

Nesta aula estivemos a ver a matéria dada até agora. Falámos sobre a modernização dos meios de produção, que é muitas vezes dificultada pela pequena dimensão dos terrenos (minifúndios).
O associativismo é uma óptima forma dos agricultores se informarem, de facilitar o acesso ao crédito, etc.
Em 2000, foi criado o Programa de Desenvolvimento Cooperativo – PRODESCOOP, para apoiar cooperativas na área do emprego e da formação.
O rejuvenescimento da população agrícola dependerá da criação de condições de vida atractivas à fixação da população jovem. É fundamental também elevar o nível de instrução e de qualificação dos agricultores. Os pólos de ensino profissional (ex: Escola Agrária de Viseu) são alguns dos contributos para melhorar a formação académica da população agrícola.
Em Portugal a aplicação de produtos químicos na agricultura é mais baixa, comparando com outros países comunitários. O uso de pesticidas poderão provocar ou agravar a contaminação de solos e de águas subterrâneas e superficiais. Os apoios comunitários ao rendimento estão condicionados pelo cumprimento das normas ambientais – eco-condicionalidade, já as práticas favoráveis ao ambiente são apoiadas pelas «Medidas Agro-Ambientais».Hoje em dia é preferir pagar um pouco mais mas ter um produto de qualidade. Os produtores de agricultura biológica têm vindo a aumentar, assim como a variedade de produtos. Portugal exporta alguns produtos de agricultura biológica para outros países europeus. Mas a Europa é ainda deficitária neste tipo de produtos; a produção biológica pode constituir uma forma de aumentar a competitividade de agricultura portuguesa.Texto apresentado pela Joana Fernandes, aluna nº11 do 11ºD

Aula de 15 de Outubro

Em 1977, quando se inicia o processo de adesão, a agricultura portuguesa encontra-se tecnicamente e economicamente estagnada:
• para o emprego contribuía 30% e para formação 17% do PIB; • a produtividade e o rendimento eram muito inferior aos restantes países-membros;
• o investimento era muito reduzido e as técnicas pouco evoluídas;
• as infra-estruturas agrícolas eram insuficientes e as das estruturas fundiárias;
• havia pouca experiência em relação à concorrência nos mercados internos e externos.
No Programa de Pré-adesão e no Tratado de Adesão, as fragilidades da agricultura portuguesa foram admitidas, permite assim uma integração em duas etapas:
1ª Até 1990, Portugal não teve regras de preços e mercados da PAC, para tornar fácil a adaptação. Contudo, obteve incentivos financeiros do PEDAP - Programa Específico de Desenvolvimento da Agricultura Portuguesa, do qual o objectivo era fomentar uma modernização acelerada nos primeiros anos.
2ª Marcada pela concretização do Mercado Único (1993), o mercado português sujeitou-se antes do tempo conveniente à concorrência externa. Neste período, decorreu a primeira reforma da PAC, que contribuiu para tornar a integração mais difícil.
Além das fragilidades estruturais e da concretização do Mercado Único, as sucessivas alterações da PAC tornaram ainda mais difícil a integração. Tivemos então de confrontar com dificuldades acrescidas:
• limitações à produção, pelo sistema de quotas;
• foi desfavorecido pelo sistema de repartições dos apoios, em função do rendimento médio e área de exploração que era benéfico para alguns sectores e países que mais produziam;
• endividamento dos agricultores.
No final do segundo Quadro Comunitário de Apoio- QCA II (1994-99), encontra-se numa situação favorável:
• número de explorações agrícolas diminuiu, enquanto a dimensão aumentou;
• investimentos em infra-estruturas fundiárias, tecnologias e formação profissional com os apoios do PEDAP até 1995 e do PAMAF- Programa de apoio à Modernização Agrícola e Florestal- 19994-99.
O programa Operacional Agricultura e Desenvolvimento Rural- AGRO- tem dois objectivos: o primeiro projecta melhor competitividade agro-florestal e sustentabilidade rural, o segundo propõe reforçar a formação profissional.Objectivos específicos:
• reforçar a competitividade económica agro-florestal,
• incentivar multifuncionalidade das explorações;
• qualidade e inovação da produção agro-florestal e rural;
• valorizar o potencial do território;
• melhorar as condições de vida e de rendimento agrícola;
• organizar associações de agricultores.
A Medida Agricultura e Desenvolvimento Rural dos Programas Operacionais Regionais- AGRIS- tem oito acções:• Diversificação da agricultura;
• Produtos de qualidade;
• Gestão sustentável e estabilidade ecológica;
• Serviços à agricultura;
• Emparcelamento;
• Caminhos e electrificação rural;
• Valorização do ambiente e do património rural;
• Desenvolvimento agro-florestal rural.
Texto apresentado pela Joana Castanheira, aluna nº 10 do 11ºD
Ao longo dos anos, a crescente preocupação dos europeus com a segurança alimentar e a qualidade ambiental, teve um grande impacto no crescimento da agricultura biológica na União Europeia, que por sinal se transformou num dos sectores mais dinâmicos da U.E.
Assim, sendo um dos sectores mais dinâmicos da comunidade europeia, a agricultura biológica ocupa 3,6% dos terrenos cultivados e regista um aumento anual de 30% em termos de produção.
Neste tipo de agricultura os produtos químicos e organismos geneticamente modificados, não são utilizados na agricultura biológica, que pretende diminuir a produção de impactos ambientais negativos para a natureza.Em Portugal a agricultura biológica conhece algum desenvolvimento, mas o seu mercado ainda é pequeno.
Assim sendo, o preço dos produtos biológicos é um dos factores que afasta os consumidores. Contudo, «quem tem preocupações ambientais percebe que a agricultura biológica pode ser uma resposta a esses problemas», salienta Alfredo Cunhal, vice-presidente da Interbio - Associação Interprofissional para a Agricultura Biológica.
Apesar da área agrícola que este sector tem vindo a conquistar, esta área tem ainda pouca expressão em termos nacionais, correspondendo a menos de um por cento do cabaz alimentar português. E o seu volume de vendas não ultrapassa os 25 milhões de euros, dos quais mais de 50% são referentes a produtos importados. As estimativas são avançadas por Alfredo Cunhal, com base nos inquéritos que são realizados aos associados da Interbio.
Mesmo assim a tendência é no sentido de crescimento, «É expectável que, nos próximos 10 anos, o País consiga chegar aos 7% a 8% em termos de consumo», salienta. Portugal apesar de dispor de condições favoráveis para a produção biológica, pelas suas potencialidades agro-ecológicas, diversidade de fauna e flora, e ainda pelo facto de muitas das formas tradicionais de produção estarem próximas deste tipo de agricultura, Portugal ainda está longe de países como a Noruega ou a Dinamarca, em que o mercado já vale mais de 25%.
De qualquer modo, Alfredo Cunhal destaca, «ninguém pode negar que o mercado sendo pequeno, é cada vez maior». Sendo que, de 2004 para 2005, a agricultura biológica cresceu 8%, tendo duplicado desde 2003, segundo dados disponibilizados pela Confederação dos Agricultores de Portugal. E, só entre 2003 e 2005 a área agrícola dedicada ao modo de produção biológico aumentou 93%.
Notícia apresentada pela Tânia Dias, aluna nº20 do 11ºD

A PAC pós 2013

Portugal ainda não vai conseguir ver consagrado o princípio de que todos os agricultores da União Europeia passem a receber o mesmo nível de ajudas ao rendimento, dado que as propostas de revisão da Política Agrícola Comum (PAC) em preparação pela Comissão Europeia excluem expressamente essa possibilidade.
“Na UE os produtores agrícolas enfrentam condições económicas e naturais muito diferentes na UE", justifica a Comissão no projecto de propostas, porém defendeu que as ajudas devem passar a ser distribuídas de forma "mais equitativa". No entanto, em Portugal o problema está no facto de as ajudas directas ao rendimento dos agricultores terem sido originalmente calculadas em função de produções históricas, o que beneficiou os países maiores e mais ricos, como a França ou a Alemanha. Assim, Portugal, que tinha um nível de produção particularmente baixo, ficou igualmente com o montante de ajudas por hectare mais baixo, originando disparidades abissais na União Europeia entre a Grécia, que recebe um valor médio de 527 euros por hectare, e a Letónia, que não vai além de 83 euros. Portugal é o país menos beneficiado dos antigos estados-membros, com 163 euros por hectare e 2785 euros por exploração, contra um valor médio de 5291 euros no conjunto da UE.Uma das ideias avançadas da Comissão sobre a nova PAC depois de 2013 passa pela instituição de um tecto ao volume de ajudas por exploração, enquanto os pequenos produtores deverão passar a receber um nível mínimo de pagamentos directos através de um regime muito simplificado, com o objectivo de atenuar estas disparidades, através de uma reforma do actual sistema de ajudas directas ao rendimento.As ajudas em si - destinadas aos "agricultores activos", o que pressupõe que os que não produzem deixam de ser subsidiados - serão constituídas por um montante de base complementado com uma componente ambiental obrigatória para tornar a produção mais "verde". Estes montantes podem ser reforçados com um suplemento de ajuda destinado às zonas mais desfavorecidas ou com dificuldades específicas, que poderá ser complementado com ajudas nacionais numa base voluntária.
Esta proposta da Comissão será apresentada aos governos no dia 17 de Novembro, não referindo quaisquer montantes para o futuro orçamento da PAC depois de 2013, mas os seus termos pressupõem a manutenção do seu peso actual, de 55 mil milhões de euros anuais num orçamento comunitário de 130 mil milhões.
Dacian Ciolos, comissário europeu e responsável pela pasta da Agricultura, defende especificamente que a Política Agrícola Comum deve manter-se uma "política comum forte", com um regime de ajudas ao rendimento dos agricultores mais verdes e distribuídas de forma mais equitativa. Já as ajudas destinadas ao desenvolvimento rural, de natureza plurianual, serão dirigidas ao reforço da competitividade, à luta contra as alterações climáticas e à inovação.
Fonte: Jornal Público de 9 de Outubro de 2010
Notícia apresentada pela Carla Silva, aluna nº 6 do 11º D

Aula de 13 de Outubro

Na aula de 13 de Outubro salientou-se a importância que a nova PAC deu ao desenvolvimento rural, definiu-se associativismo, consolidaram-se os objectivos da reforma da PAC de 2003, evidenciaram-se os pontos fracos e os pontos fortes da agricultura portuguesa e distinguiram-se as formas de agricultura biológica.
A nova PAC, para além dos objectivos principais, pretendeu evitar o êxodo rural ao atrair os jovens para a agricultura; potenciou a pluriactividade bem como o desenvolvimento de outras actividades rurais; reconverteu terrenos agrícolas para outros fins, respeitando o meio ambiente. O associativismo é uma estratégia utilizada para organizar os produtores em associações ou cooperativas. Ao estarem associados, os agricultores têm mais informação, maior promoção e comercialização dos seus produtos, acesso à tecnologia moderna e a créditos. Beneficiam também do co-financiamento da UE (uma percentagem do capital total necessário).
A reforma da PAC de 2003 tinha vários objectivos. No entanto, nem todos foram cumpridos até agora. Entre eles, pretendia-se diminuir o impacto ambiental, preferindo a agricultura biológica, conservar o espaço natural e a paisagem e tornar as explorações mais eficazes.
A agricultura portuguesa tem maioritariamente pontos fracos como, por exemplo, o excesso de minifúndios, a mão-de-obra envelhecida e pouco qualificada e a pouca mecanização e inovação. No entanto, alguns pontos fortes fazem do nosso país um dos melhores produtores da UE de vários produtos como o azeite, o vinho, o queijo, etc. Para além disso, temos uma boa actividade agro-turística e boas condições para promover produtos regionais.A agricultura biológica é, cada vez mais, a melhor opção. Garante-nos a boa qualidade dos produtos, onde foram produzidos e em que condições. Os produtos biológicos recebem, para além do selo que indica que é biológico, um de três selos. Estes três selos indicam as condições em que o produto foi produzido. São eles: denominação de origem protegida (todo o processo deu-se em determinada região e só é possível nessa mesma região), indicação geográfica protegida (o produto possui uma característica específica associada a determinada área geográfica e pelo menos uma das fases do processo ocorre nessa área) e especialidade tradicional garantida (o produto tem características específicas e foi produzido com ingredientes tradicionais e/ou de forma tradicional).
Texto apresentado pela Inês Barge, aluna nº 9 do 11ºD

Presidente da Republica pede ao Governo uma atenção especial à agricultura alentejana

Segundo a TSF, Cavaco Silva pediu uma atenção particular do Governo para a agricultura alentejana, em especial para que possam ser criadas condições para os jovens agricultores. Considerou também que a aposta na produção agropecuária pode ser uma alternativa para o desenvolvimento do Interior. Afirma que há que criar condições para que surjam os agricultores, para que jovens se motivem a ser empresários agrícolas, mas que não se dediquem apenas á agricultura, também a outras actividades como o turismo rural.
Notícia apresentada pela Ana Rocha, aluna nº 2 do 11ºD

Aula de 11 de Outubro

Com a insuficiência das medidas reformuladas na Agenda 2000 e de forma a por fim aos problemas da falta de competitividade no mercado mundial, da desigualdade na repartição dos apoios entre os produtores e as regiões e da pressão ambiental resultante dos sistemas intensivos, em 2003 a União Europeia adopta uma reforma profunda da Política Agrícola Comum (PAC) que altera completamente a forma como a União Europeia apoiava o seu sector agrícola.
A nova PAC aprofunda as metas da Agenda 2000 e consubstancia a politica de desenvolvimento rural. Esta nova politica orienta-se para os consumidores e deixa aos agricultores a liberdade de adaptarem a sua produção às necessidades do mercado.
Com esta nova reforma, o subsídio dos agricultores será pago independentemente do volume da produção, de forma a evitar o abandono das produções. A este principio dá-se o nome de “pagamento único por exploração“, sujeito a normas ambientais, de segurança alimentar e de bem-estar animal.A U.E. reviu também as organizações do mercado do leite, do arroz, cereais (produtos onde a exploração é excedentária), de modo a estabelecer limites orçamentais em todos os Estados-membros até 2013.
Introduziu-se um mecanismo de disciplina financeira, reforçando-se o poder de negociação da UE a nível mundial.
Os princípios fundamentais da nova PAC são:
• o já referido pagamento único por exploração, independentemente da produção, de forma a evitar o abandono da produção;
• o principio da condicionalidade, isto é, esse pagamento é sujeito a normas no domínio ambiental, da segurança dos géneros alimentícios, da sanidade animal, da fitossanidade e do bem-estar dos animais, bem como à exigência de manter todas as superfícies agrícolas em boas condições agronómicas e ambientais;
• a modulação no caso das explorações de maiores dimensões, para um mecanismo de disciplina financeira que assegure o orçamento até 2013.
Texto elaborado pela Elsa Almeida, aluna nº 8 do 11ºD