segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A requalificação urbana

Segundo o Jornal Oeste, nas últimas décadas a nossa sociedade ao nível do modelo urbano, passou invariavelmente para construção de novos edifícios. Esta era uma exigência decorrente do crescente afluxo de populações do interior rural para o mundo das cidades, conjugado com a melhoria das condições económicas das famílias, indutor de uma procura por habitações com melhores condições de habitabilidade. Este fenómeno de democratização, associado ao desenvolvimento económico do país foi positivo, permitindo uma igualdade real ao nível das condições de vida dos cidadãos.

Contudo, este crescimento das cidades não foi devidamente acompanhado por mecanismos de planeamento urbano. Os resultados foram subúrbios desordenados, feios, sem espaços verdes ou acessibilidades, com poucos ou nenhuns serviços sociais. Ao invés, os centros das grandes cidades foram-se sistematicamente desertificando, sendo hoje por norma apenas habitados por populações idosas de baixos recursos. Gradualmente um sem número de edifícios, muitos com valor histórico e arquitectónico, foram-se danificando, contribuindo para centros urbanos envelhecidos, abandonados e degradados.
Compete aos poderes públicos contribuírem para a modificação deste cenário. Num primeiro plano, os poderes públicos devem constituir equipas pluridisciplinares que pensem na cidade enquanto espaço de história, sentimentos e vivência humana, delineando uma estratégia de requalificação urbana assente em três eixos: requalificação dos espaços públicos (praças, monumentos), requalificação dos edifícios municipais; requalificação dos edifícios privados por via da concretização de incentivos financeiros e fiscais.
A competitividade das cidades, quer ao nível da atracção de novos habitantes, quer ao nível da captação de turistas, implica uma estratégia sistemática de valorização de todo o quadro urbanístico da cidade, de modo a potenciar uma proposta de valor, assente na qualidade de vida e no desenvolvimento sustentado.

Notícia apresentada pela Ana Rocha, aluna nº 2 do 11º D

sábado, 22 de janeiro de 2011

Exemplo de requalificação urbana em Angra do Heroísmo

A Praça Velha do CBD da cidade de Angra do Heroísmo vai ser alvo de uma intervenção de um projecto de requalificação urbana.
Durante a apresentação a presidente do município informou que “vai proceder-se à substituição do mobiliário urbano optando-se por linhas puras e simples de cor branca em sintonia com a pedra de calcário ali existente, à substituição das árvores por uma espécie de médio porte que não obstrua calçada e passeios e à implantação de um quiosque que não prejudique a visibilidade e com espaço interior permitindo o seu funcionamento durante o Inverno.”
O principal objectivo desta requalificação é  dinamizar e valorizar  a principal praça da cidade. 
A presidente do município disse ainda que “não queremos transformar Angra do Heroísmo num centro etnográfico. É nossa obrigação preservar e valorizar o riquíssimo património mas não podemos agir como se não houvesse futuro”.
Assumir uma aposta crescente na valorização de espaços públicos, como pontos de confluência de convívio, de atracção turística ou cultural é outro dos pressupostos desta requalificação urbana, acrescentou a presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo.

Notícia apresentada pela Ana Rosa, aluna nº 3 do 11ºD

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Reabilitação urbana é a aposta do sector em 2011

Segundo o Diário Digital a reabilitação urbana é a grande expectativa do sector da construção para este ano, segundo o presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário que classificou 2010 como a pior crise de que há memória. Afirma que já há oito anos que o sector da construção não cresce e este ano que passou o sector registou uma quebra na produção de 36 por cento. No final deste ano o sector da construção contabiliza a perda de mais de 200 mil trabalhadores que, devido á crise no sector, perderam nos últimos anos o seu posto de trabalho.
Notícia apresentada pela Ana Rocha, aluna nº 2 do 11ºD

Pobreza nos mundos rural e urbano

Segundo o Jornal de Notícias, as respostas sociais para as situações de pobreza, isolamento e solidão acompanham a oposição entre o mundo rural e os meios urbanos onde existem mais instituições e soluções, que não resolvem todas as carências. 
As características de famílias carenciadas dos meios urbanos, com carências ao nível da rede de apoio social diferem das verificadas nas zonas rurais, onde as principais necessidades residem no apoio à população mais idosa, que vive isoladamente em solidão. Não se pode dizer que nas cidades o problema dos idosos não seja grave, não tem é a dimensão quantitativa que tem nas zonas rurais. Também há solidão e isolamento, mas há mais respostas sociais no meio urbano.
Notícia apresentada pela Ana Rocha, aluna nº 2 do 11º D

Transportes públicos: fatalidade ou erro de gestão?

Segundo o Diário de notícias no que se refere aos transportes colectivos em Lisboa a sua eficiência é baixa, em grande parte devido à má gestão das empresas que prestam estes serviços. Com efeito os autocarros não podem deslocar-se a velocidades médias mais altas porque as ruas por onde circulam estão frequentemente estranguladas por veículos mal estacionados e por muitos veículos circularem ocupados apenas por uma pessoa. 
Esta situação poderia ser resolvida se for organizado um sistema constituído por parques de estacionamento em locais estrategicamente colocados fora da cidade de forma a que os condutores aí deixem os seus carros, deslocando-se para os seus destinos em autocarros ou comboio devidamente conjugados com o metropolitano e transportes fluviais.
Para haver uma boa eficiência destes transportes públicos deviam ser tomadas medidas tais como, no início da manhã e no fim da tarde as vias essenciais de acesso não poderiam circular carros particulares, respectivamente nas entradas e nas saídas. Também teria de haver uma rede conjugada de linhas de deslocação com todos os meios incluídos, não esquecendo o importantíssimo meio que é o peão.
Notícia apresentada pela Ana Rocha, aluna nº2 do 11ºD

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Aula de 17 de Janeiro

Renovação urbana é a demolição total ou parcial de edifícios e estruturas, de uma determinada área que é recuperada com novas funções e por uma classe mais favorecida. Nesse local surge uma nova área mais moderna e atractiva, melhor equipada e mais bem servida de acessibilidades.
As acções de renovação urbana incidem sobre áreas degradadas e/ ou subaproveitadas, que geralmente obedecem a um processo de planeamento urbanístico decidido pelo poder politico.
A renovação de espaços urbanos pode implicar o realojamento da população a viver em edifícios ou bairros degradados.  Este problema, existindo um pouco por todo o país, assume uma maior gravidade nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, pelo que foi criado em 1993 um Plano Especial de Realojamento - PER. Promove a erradicação de bairros de habitação precária, proporcionando aos municípios apoios par realojar as famílias em habitações de custos controlados. Para complementar foi criado o PER – FAMÍLIAS, que apoia as famílias na compra de casa própria ou na realização de obras de reabilitação numa habitação noutro local.
O realojamento dos moradores dos bairros de habitação precária é também uma forma de combater a marginalidade.
URBAN foi criada em 1994, com objectivo de intervir nas áreas urbanas mais críticas do ponto de vista sócio económico, com problemas de desemprego, pobreza, exclusão social, entre outros. A articulação desta iniciativa com outros programas nacionais e comunitários, permitiu a qualificação social e urbanística destas áreas.
Há outras acções se incidência social que poderão também contribuir para melhorar a qualidade de vida no espaço urbano. São exemplos:
- A melhoria da gestão do tráfego urbano (construção de mais parques de estacionamento na entrada das cidades);
- O alargamento dos serviços de acompanhamento de crianças e jovens, que diminuam as situações de risco social;
- Desenvolvimento de serviços de apoio à população idosa que diminua as situações de solidão;
- Aumento do número de espaços verdes, a promoção da melhoria dos já existentes e a construção e optimização de equipamentos colectivos.
Texto apresentado pelo Nuno Duarte, aluno nº 14 do 11ºD

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Aula de 14 de Janeiro

Problemas urbanos

Transportes e trânsito
- Cidades grandes e ruas estreitas não permitem escoamento de trânsito;
- (Para-arranca) causa cansaço e stress;
- Problemas de estacionamento devido ao uso excessivo de transporte particular; 

Poluição
- Poluição atmosférica, poluição sonora;
- Chaminés das fábricas e os escapes dos veículos;
- Nevoeiro poluído;
- Lixos urbanos, domésticos e os esgotos; 

Problemas sociais
- Êxodo rural;
- Desemprego;
- Assaltos, droga, prostituição, degradação familiar;
- Exclusão social;                         
- Racismo;
- Xenofobia;

Abastecimentos
Criar condições para que os produtos cheguem atempadamente aos locais de venda;
- Água potável e energia;

Infraestruturas
- Aumento da população urbana;
- Cortes de electricidade, falta de pressão nos canos da água;
- Assistimos muito regularmente a obras de infra-estruturas;

Espaços verdes
- Destruição da vegetação;
- Os espaços verdes ajudam a purificar o ar e são áreas de descanso e de lazer;

Equipamentos urbanos
- Planeamento urbano;
- Não há crianças suficientes e as escolas encerra
- Falta de creches, hospitais e lares de idosos;

Doenças
- Situações de nervosismo e ansiedade por causa do trânsito, que leva ao stress;
- Falta de tempo para preparar refeições adequadas;
- Má alimentação, pouco exercício físico são causas de doenças como a obesidade e doenças cardiovasculares.

Texto elaborado pela Joana Fernandes, aluna nº 11 do 11º D

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Aula de 12 de Janeiro

Existe pouco esforço para descentralizar a localização das actividades do sector secundário e terciário.
Na Área Metropolitana de Lisboa predominam as actividades do sector terciário e das indústrias de ponta.
Chama-se a isto terciarização, apresentam uma forte implantação de industrias ligadas a novas tecnologias (automóvel, química...) 
·         elevada polarização demográfica e económica em Lisboa;
·         localização industrial baseada em padrões de concentração;
·         predomínio das industrias modernas e de base tecnologica;
·         movimentos pendulares entre AML norte e AML sul;
·         menor densidade populacional.
Na Área Metropolitana do Porto existe uma forte implantação das industrias transformadoras e da actividade comercial, índices de industrialização elevados, sectores relacionados com mão-de-obra mais intensiva, barata e desqualificada. 
·         maior dispersão(autonomia) populacional e das actividades económicas;
·         localização industrial baseada em padrões de dispersão;
·         emprego em indústrias tradicionais;
·         movimentos pendulares mais dispersos, dada à maior autonomia dos concelhos periféricos;
·         maior densidade populacional.
No concelho de Lisboa existe concentração do emprego - forte polarização.
O emprego na administração pública apresenta um considerável peso no Concelho de Lisboa - vantagem de ser capital de país. No rossio e zonas envolventes o emprego é muito concentrado.
Responsável pela reduzida função residencial do CBD de Lisboa. Esta tem vindo a desenvolver pólos de concentração económica em alguns concelhos da periferia. Exemplo.: Oeiras.
Cada vez é maior o número de pessoas que residem em Lisboa mas trabalham/estudam noutros concelhos da AML.
Oeiras e Cascais face a diminuir a dependência de Lisboa têm vindo a desenvolver esforços para fixar a sua população.
Dependência dos concelhos da AML a Lisboa - situação macrocéfala. Exemplo: Almada, apesar de ter alguma autonomia em termos de emprego ainda tem uma taxa de dependência face a Lisboa.
Texto apresentado pela Joana Castanheira, aluna nº 10 do 11ºD

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Aula de 10 de Janeiro

Na aula do dia 10 de Janeiro falámos sobre a indústria nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto.
Nestas grandes aglomerações, a indústria é um dos factores que tornam a economia dinâmica. São várias as vantagens das AM’s:
- Complementaridade entre diferentes ramos industriais;
- Existência de infra-estruturas e serviços diversos;
- Disponibilidade de mão-de-obra (pouco qualificada na AMP e especializada na AML);
- Boa acessibilidade aos mercados nacionais e internacionais, através de portos e auto-estradas.
As duas áreas metropolitanas são, no entanto, um pouco diferentes. Enquanto na AML há mais investimentos e possui indústrias de ponta, na AMP a especialidade são as indústrias têxtil e do calçado, com maior intensidade de trabalho e mão-de-obra pouco qualificada.
Texto apresentado pela Inês Barge, aluna nº 9 do 11º D

Despovoamento chega ao litoral

Segundo o Jornal de Notícias, a batalha contra o despovoamento chegou também a concelhos do litoral, que lutam por ter mais habitantes com incentivos à natalidade. 
Caminha e Nazaré são dois pequenos concelhos do litoral que já apostam neste tipo de incentivos. Integrados em zonas do litoral com dinamismo económico e demográfico, a prioridade é extinguir a perda de população para outros concelhos maiores e mais atractivos e regular a organização no território. 
A discriminação positiva das freguesias do interior, para tentar extinguir a progressiva fuga de gente para o litoral do concelho é uma medida a ser utilizada. Regista-se um crescente fluxo migratório do interior para o litoral do concelho, deixando as freguesias das faldas da Serra d'Arga, como exemplo, cada vez com menos gente. E é essa tendência que se procura extinguir, com os incentivos referidos. 
Assim, estão a dar nas freguesias do interior do concelho, aos casais, 750 euros pelo primeiro filho e 1000 pelo segundo e seguintes, valores que, no litoral, se ficarão, respectivamente, pelos 500 e 750 euros. Isto é uma forma de apoiar as famílias do concelho, com o objectivo de aumentar a natalidade nos concelhos despovoados que é uma das medidas que o presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses defende, destacando que a muito baixa fecundidade nacional seja encarada como um problema do país e não apenas do interior. 
Fonte: Jornal de Notícias, 9 de Fevereiro de 2009
Notícia apresentada pela Ana Rocha, aluna nº 2 do 11º D

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Aula de 7 de Janeiro

Na aula de sete de Janeiro (sexta-feira), abordámos os factores urbanos e territoriais das áreas urbanas.
Analisámos nomeadamente, o processo de expansão urbana, o qual dá origem ao aparecimento de áreas periurbanas – estas são áreas localizadas em territórios próximos dos aglomerados urbanos onde o espaço rural é ocupado por actividades e funções urbanas e industriais.
A periubanização vai ocupando áreas rurais com actividades e funções habitacionais, comércio, indústria e os serviços, deste modo encarnando um papel multifuncional.
Com o arrastar desta tendência e com a melhoria das acessibilidades associada à expansão da rede viária estes processos são facilitados, com uma população esgotada da localização difusão característica das zonas suburbanas já sobrelotada, originando-se o movimento de pessoas e emprego das grandes cidades para pequenas vilas e aldeias já fora da zona metropolitana provocando movimentos pendulares na população. Por último e não obstante, a integração das pessoas oriundas de espaços urbanos para estes espaços rurais permanecem com uma postura urbana vivendo no campo, designando a esta transformação de rurbanizaçao.
Contudo existem impactos sociais, ambientais e territoriais na expansão urbana, especificamente:
> Na intensificação dos movimentos pendulares (anteriormente existentes apenas para a grande cidade mas também agora entre áreas que a envolvem);
> Pressão sobre a sistema de transportes urbanos, pois nem sempre dá resposta às necessidades da população;
> Maior consumo de combustível traduzido em maior poluição atmosférica;
> Aumento de despesas e stress, associadas às deslocações quotidianas;
> Desordenamento de espaço, resultante da desorganização urbanística;
> Falta de equipamentos colectivos e de oferta de serviços nos aglomerados urbanos;
> Aumento das despesas de instalação de abastecimentos de água, electricidade, gás, devido à dispersão do povoamento nas áreas periurbanas;
Este fenómeno geográfico limitou-se sobretudo à distribuição da população junto ao litoral, particularmente nas cidades de Lisboa e do Porto, falando-se assim de litoralização e por conseguinte de bipolarização. Criadas em 1991, a AML e a AMP, são associações especiais de municípios, com vastas competências, mas de reduzida eficácia, já que existe muita individualidade e reduzida existência de acções/decisões conjuntas entre concelhos. Ainda assim existe uma grande disparidade entre AML e a AMP a nível de dinamismo económico, apresentando a AML resultados mais elevados. Sendo, a AML capital do país existem também mais investimentos em recursos e em indústria tecnológica que exige mão-de-obra qualificada. As migrações pendulares constituem um fenómeno muito importante das áreas  metropolitanas, surgindo migrações também entre cidades suburbanas, situação actual de pernoita e monocêntrica, contrastante com Espanha – policêntrica.
Com esta forte mobilidade ao centro, acentua-se a importância dos transportes públicos para os subúrbios e para os centros das cidades isto reflecte-se na;
> Diminuição da população dos concelhos de Lisboa e do Porto;
> Progresso de suburbanizaçao;
> Crescente terciarização das duas cidades que veio reforçar o desenvolvimento do sistema de transportes e de redes viárias, (sobretudo no caso de Lisboa).
Com esta evolução, pode-se agora distinguir diferentes cidades: cidades dormitório de cidades-satélite, estas últimas têm já um carácter funcional, dotadas de infra-estruturas e equipamentos de apoio à população, bem como dinamismos socioeconómicos e residencial capaz de satisfazer as necessidades da população sendo geradora de emprego para muitos dos seus habitantes.
Contrapondo-se a estas, as cidades dormitório que apesar de lá existir algum dinamismo económico, as actividades existentes não são suficientemente atractivas para empregar e fixar a sua população activa.
Quanto aos postos de trabalho a AML abarca um série de vantagens ao nível nacional,
> É desde logo a capital do país;
> Geograficamente acumula em si recursos estratégicos para o desenvolvimento;
> Atrai pessoas e actividades qualificadas de outros países;
> Com presenças relevantes em redes inter-nacionais de cooperação e intercâmbios, sendo estas actividades económicas um excelente indicador do pulsar de uma cidade.
Texto apresentado por Elsa Morais de Almeida, aluna nº 8 do 11ºD

Aula de 5 de Janeiro

Em Portugal, o processo de suburbanização, ocorreu sobretudo no litoral, em torno das cidades de Lisboa e do Porto.
A expansão suburbana destas cidades envolveu também algumas cidades próximas, desenvolveram aglomerados populacionais, criaram um dinamismo económico e demográfico e alguns delas ascenderam a cidade (estavam dependentes da cidade, mas depois ganham autonomia). As relações que estabelecem exigem decisões conjuntas (porque os problemas dizem respeito a toda a área metropolitana). E então em 1991 foram instituídas as áreas metropolitanas de Lisboa (AML) e do Porto (AMP).
A criação destas áreas metropolitanas não foi totalmente acompanhada por regulamentação. Isto só aconteceu em 2003, com a Lei-quadro das Áreas Metropolitanas. Nesta lei admitiu-se a constituição de grandes áreas metropolitanas e de comunidades urbanas, tendo como requisitos a continuidade territorial dos concelhos.
Esta lei veio proporcionar a criação de novas estruturas de cooperação intermunicipal, e levou também à recomposição das áreas metropolitanas proporcionando a alteração na organização funcional e nas relações que estabelecem.
Estas duas principais áreas metropolitanas desenvolvem grandes relações de complementaridade onde aumentam o dinamismo e a competitividade, podendo assim passar de uma estrutura funcional monocêntrica (todos os concelhos dependiam da cidade central) e radiocêntrica (os concelhos estão ligados à cidade, mas alguns estão ligados entre si) para uma estrutura policêntrica ( todos os concelhos estão ligados entre si). O dinamismo demográfico das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto evidenciam-se pelo aumento da população. A perda populacional foi mais verificada em concelhos centrais, enquanto o maior crescimento verifica-se nos concelhos com boas acessibilidades e a disponibilidade de espaço.
Alguns concelhos das áreas metropolitanas viram os seus concelhos aumentarem a sua população devido ao desenvolvimento dos transportes e das redes viárias.
As áreas metropolitanas caracterizam-se por uma população mais jovem e instruída.
Estas áreas metropolitanas fornecem mais de 40% emprego, e com ganhos superiores á média nacional.
A sua bipolarização da concentração das actividades económicas demonstra grande importância no tecido económico do pais.
No nosso pais temos uma actividade macrocéfala, porque a área metropolitana de Lisboa acumula uma série de vantagens únicas a nível nacional:
- a capital do pais;
- acumulação dos recursos estratégicos;
- a atracção de pessoas e actividades qualificadas;
- a presença relevante em redes internacionais.
Estas são vantagens que se encontram apenas na AML.
Texto elaborado pela Daniela Matos, aluna nº 7 do 11ºD

sábado, 8 de janeiro de 2011

Exemplo de elevação de uma cidade que não trouxe benefícios

Segundo o Jornal de Notícias a elevação da Senhora da Hora (freguesia e cidade do concelho de Matosinhos) a cidade não trouxe quaisquer benefícios. Esta cidade é caracterizada como uma cidade-dormitório; até mesmo moradores concordam com esta caracterização e lamentam-no.
Sofreu um grande impulso após ter passado a vila, em 1986. Actualmente, com 33 mil habitantes, a Senhora da Hora aloja alguns dos mais importantes equipamentos do concelho de Matosinhos, como o Hospital Pedro Hispano, duas faculdades, o Estádio do Mar, o NorteShoping e um interface do metro, o que atrai muitas pessoas de fora.
A 12 de Junho de 2009 foi elevada a cidade. Mas, um ano depois ninguém sentiu benefícios dessa alteração administrativa. É sobretudo o orgulho de se dizer que se vive numa cidade...
Só dentro de três ou quatro anos é que a cidade estará toda transformada. Para tal, será necessário ganhar uma nova centralidade e uma nova avenida, que é um grande sonho dos moradores e  concretizar outros vários projectos. Para que deixe de ser uma cidade-dormitório, o que aconteceu devido à perda de todas as indústrias e de ter apenas um serviço. O facto de as pessoas irem morar para lá é devido ao facto deste local oferecer alguma qualidade de vida, apesar das casas serem caras.
Fonte: Jornal de Notícias de 11 de Junho de 2010
Notícia apresentada pela Ana Rocha, aluna nº 2 do 11ºD

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Aula de 3 de Janeiro

No dia 3 de Janeiro falámos sobre as áreas urbanas.
O crescimento das cidades está fundamentalmente relacionado com o aumento demográfico, mas liga-se, também, com o seu próprio dinamismo funcional interno que provoca alterações dos padrões locativos das diferentes funções.
Dão-se duas fases: uma fase de atracção/concentração da população denominada por fase centrípeta, e uma fase de repulsão/desconcentração chamada por fase centrífuga.
A expansão urbana resulta ainda de outros factores, tais como: a dinâmica da construção civil (construções na horizontal); o desenvolvimento das próprias actividades económicas, que conduz à necessidade de expandir e modernizar as empresas e, como tal, à procura de novos espaços de localização; o desenvolvimento dos transportes e das infra-estruturas viárias para o aumento da mobilidade e da acessibilidade; o aumento da taxa de motorização das famílias, que permite deslocações mais longínquas.
A expansão urbana acompanha, geralmente, os principais eixos viários de acesso à cidade, verificando-se uma forte relação entre a sua localização e a densidade de construção (causa: vias de comunicação; efeito: desenvolvimento).

A suburbanização e a periurbanização.
A suburbanização é o processo de crescimento da cidade para a periferia. Em Portugal, este fenómeno teve particular incidência nas áreas urbanas do Litoral a partir dos anos 50, com a intensificação do êxodo rural.
Numa fase inicial, os subúrbios cresceram de forma não planeada, essencialmente ao longo das principais vias de comunicação, onde era maior a acessibilidade à cidade e onde as habitações eram mais baratas. O rápido crescimento destas áreas foi ainda marcada pelo domínio de edifícios plurifamiliares, prolongando a paisagem urbana.
Podemos dizer que o processo de suburbanização se deu em quatro fases:
1ª Faseà Relação de dependência face as grandes cidades; função residencial.
2ª Faseà Cresceram muito, tendo assim a necessidade de ter mais funções; têm agora mais autonomia.
3ª Faseà Relação de complementaridade.
4ª Faseà Área metropolitana.
A periurbanização relacioa-se com áreas de espaço rural ocupadas, de forma descontínua, por funções urbanas: indústria, comércio e alguns serviços, dando origem à rurbanização, ou seja, o facto de o espaço rural ser urbanizado.
A melhoria da acessibilidade associada à expansão da rede viária facilita estes processos, que se caracterizam também pela localização difusa da função residencial e das actividades económicas e provocam o aumento dos movimentos pendulares.
No entanto, a expansão urbana tem também alguns impactes negativos, tais como: intensificação dos movimentos pendulares, que são cada vez mais complexos; grande pressão sobre o sistema de transportes urbanos, que nem sempre consegue dar resposta às necessidades da população; aumento do consumo de combustível e da poluição atmosférica; aumento das despesas, da fadiga e do stress; desordenamento do espaço, resultante da urbanização não planeada e da existência de bairros de habitação precária; falta de equipamentos colectivos e fraca oferta de serviços; aumento das despesas com a instalação de redes de abastecimento de água, electricidade e saneamento, devido à dispersão do povoamento nas áreas periurbanas. 
Realizámos também a ficha 17 do caderno de actividades sobre essa matéria.
Texto apresentado pela Carla Silva, aluna nº 6 do 11ºD