sábado, 30 de outubro de 2010

Aula de 27 de Outubro

Quase 30% da população portuguesa reside nas áreas rurais, que ocupam a maior parte do território nacional. Somos um país onde a maior parte do espaço é rural, mas a maior parte da população vive no espaço urbano. A grande área de recursos naturais, humanos e culturais é afectada por dificuldades comuns. Cada vez é maior a diferença entre o espaço urbano e o espaço rural.
As áreas existentes em Portugal são de trêstipos: as áreas predominantes urbanas, onde menos de 15% da população reside em freguesias com menos de 150 hab./km2; as áreas significativamente rurais, onde 15% a 50% da população reside em freguesias com menos de 150 hab./km2 e as áreas predominantemente rurais, onde mais 50% da população reside em freguesias com menos de 150hab./km2. Portugal é um país macrocéfalo.
A multifuncionalidade das áreas rurais implica a pluriactividade que permite o pluri-rendimento, através do desenvolvimento em actividades alternativas e complementares. É possível preservar os valores do turismo, com a fixação de população e o desenvolvimento de actividades económicas sustentáveis, com a aplicação de medidas para que as áreas rurais se desenvolvam.
Portugal é ainda um país "subsidiodependente". A perda e o envelhecimento da população, o baixo nível de qualificação e abandono de terras agrícolas são alguns problemas enfrentados pelas áreas rurais. Estes problemas colocam em evidência o risco de marginilização para as áreas rurais do país.
Recursos endógenos são recursos naturais e humanos próprios de um território, que constituem vantagens relativas para o seu desenvolvimento: património histórico, baixos níveis de poluição e elevado valor paisagístico das culturas. Poderão também constituir elementos de oportunidade a procura de produtos de qualidade, a valorização das energias renováveis e a preservação do ambiente. O carácter multifuncional do sector agroflorestal afirmou-se com uma tripla valência: económica, ambiental e social.
No final da aula analisámos um video sobre a aldeia espanhola de Alberca, onde existe muito turismo durante o ano.
Texto apresentado pela Joana Silva, aluna nº 12 do 11ºD

Aula de 18 de Outubro

Nesta aula estivemos a ver a matéria dada até agora. Falámos sobre a modernização dos meios de produção, que é muitas vezes dificultada pela pequena dimensão dos terrenos (minifúndios).
O associativismo é uma óptima forma dos agricultores se informarem, de facilitar o acesso ao crédito, etc.
Em 2000, foi criado o Programa de Desenvolvimento Cooperativo – PRODESCOOP, para apoiar cooperativas na área do emprego e da formação.
O rejuvenescimento da população agrícola dependerá da criação de condições de vida atractivas à fixação da população jovem. É fundamental também elevar o nível de instrução e de qualificação dos agricultores. Os pólos de ensino profissional (ex: Escola Agrária de Viseu) são alguns dos contributos para melhorar a formação académica da população agrícola.
Em Portugal a aplicação de produtos químicos na agricultura é mais baixa, comparando com outros países comunitários. O uso de pesticidas poderão provocar ou agravar a contaminação de solos e de águas subterrâneas e superficiais. Os apoios comunitários ao rendimento estão condicionados pelo cumprimento das normas ambientais – eco-condicionalidade, já as práticas favoráveis ao ambiente são apoiadas pelas «Medidas Agro-Ambientais».Hoje em dia é preferir pagar um pouco mais mas ter um produto de qualidade. Os produtores de agricultura biológica têm vindo a aumentar, assim como a variedade de produtos. Portugal exporta alguns produtos de agricultura biológica para outros países europeus. Mas a Europa é ainda deficitária neste tipo de produtos; a produção biológica pode constituir uma forma de aumentar a competitividade de agricultura portuguesa.Texto apresentado pela Joana Fernandes, aluna nº11 do 11ºD

Aula de 15 de Outubro

Em 1977, quando se inicia o processo de adesão, a agricultura portuguesa encontra-se tecnicamente e economicamente estagnada:
• para o emprego contribuía 30% e para formação 17% do PIB; • a produtividade e o rendimento eram muito inferior aos restantes países-membros;
• o investimento era muito reduzido e as técnicas pouco evoluídas;
• as infra-estruturas agrícolas eram insuficientes e as das estruturas fundiárias;
• havia pouca experiência em relação à concorrência nos mercados internos e externos.
No Programa de Pré-adesão e no Tratado de Adesão, as fragilidades da agricultura portuguesa foram admitidas, permite assim uma integração em duas etapas:
1ª Até 1990, Portugal não teve regras de preços e mercados da PAC, para tornar fácil a adaptação. Contudo, obteve incentivos financeiros do PEDAP - Programa Específico de Desenvolvimento da Agricultura Portuguesa, do qual o objectivo era fomentar uma modernização acelerada nos primeiros anos.
2ª Marcada pela concretização do Mercado Único (1993), o mercado português sujeitou-se antes do tempo conveniente à concorrência externa. Neste período, decorreu a primeira reforma da PAC, que contribuiu para tornar a integração mais difícil.
Além das fragilidades estruturais e da concretização do Mercado Único, as sucessivas alterações da PAC tornaram ainda mais difícil a integração. Tivemos então de confrontar com dificuldades acrescidas:
• limitações à produção, pelo sistema de quotas;
• foi desfavorecido pelo sistema de repartições dos apoios, em função do rendimento médio e área de exploração que era benéfico para alguns sectores e países que mais produziam;
• endividamento dos agricultores.
No final do segundo Quadro Comunitário de Apoio- QCA II (1994-99), encontra-se numa situação favorável:
• número de explorações agrícolas diminuiu, enquanto a dimensão aumentou;
• investimentos em infra-estruturas fundiárias, tecnologias e formação profissional com os apoios do PEDAP até 1995 e do PAMAF- Programa de apoio à Modernização Agrícola e Florestal- 19994-99.
O programa Operacional Agricultura e Desenvolvimento Rural- AGRO- tem dois objectivos: o primeiro projecta melhor competitividade agro-florestal e sustentabilidade rural, o segundo propõe reforçar a formação profissional.Objectivos específicos:
• reforçar a competitividade económica agro-florestal,
• incentivar multifuncionalidade das explorações;
• qualidade e inovação da produção agro-florestal e rural;
• valorizar o potencial do território;
• melhorar as condições de vida e de rendimento agrícola;
• organizar associações de agricultores.
A Medida Agricultura e Desenvolvimento Rural dos Programas Operacionais Regionais- AGRIS- tem oito acções:• Diversificação da agricultura;
• Produtos de qualidade;
• Gestão sustentável e estabilidade ecológica;
• Serviços à agricultura;
• Emparcelamento;
• Caminhos e electrificação rural;
• Valorização do ambiente e do património rural;
• Desenvolvimento agro-florestal rural.
Texto apresentado pela Joana Castanheira, aluna nº 10 do 11ºD
Ao longo dos anos, a crescente preocupação dos europeus com a segurança alimentar e a qualidade ambiental, teve um grande impacto no crescimento da agricultura biológica na União Europeia, que por sinal se transformou num dos sectores mais dinâmicos da U.E.
Assim, sendo um dos sectores mais dinâmicos da comunidade europeia, a agricultura biológica ocupa 3,6% dos terrenos cultivados e regista um aumento anual de 30% em termos de produção.
Neste tipo de agricultura os produtos químicos e organismos geneticamente modificados, não são utilizados na agricultura biológica, que pretende diminuir a produção de impactos ambientais negativos para a natureza.Em Portugal a agricultura biológica conhece algum desenvolvimento, mas o seu mercado ainda é pequeno.
Assim sendo, o preço dos produtos biológicos é um dos factores que afasta os consumidores. Contudo, «quem tem preocupações ambientais percebe que a agricultura biológica pode ser uma resposta a esses problemas», salienta Alfredo Cunhal, vice-presidente da Interbio - Associação Interprofissional para a Agricultura Biológica.
Apesar da área agrícola que este sector tem vindo a conquistar, esta área tem ainda pouca expressão em termos nacionais, correspondendo a menos de um por cento do cabaz alimentar português. E o seu volume de vendas não ultrapassa os 25 milhões de euros, dos quais mais de 50% são referentes a produtos importados. As estimativas são avançadas por Alfredo Cunhal, com base nos inquéritos que são realizados aos associados da Interbio.
Mesmo assim a tendência é no sentido de crescimento, «É expectável que, nos próximos 10 anos, o País consiga chegar aos 7% a 8% em termos de consumo», salienta. Portugal apesar de dispor de condições favoráveis para a produção biológica, pelas suas potencialidades agro-ecológicas, diversidade de fauna e flora, e ainda pelo facto de muitas das formas tradicionais de produção estarem próximas deste tipo de agricultura, Portugal ainda está longe de países como a Noruega ou a Dinamarca, em que o mercado já vale mais de 25%.
De qualquer modo, Alfredo Cunhal destaca, «ninguém pode negar que o mercado sendo pequeno, é cada vez maior». Sendo que, de 2004 para 2005, a agricultura biológica cresceu 8%, tendo duplicado desde 2003, segundo dados disponibilizados pela Confederação dos Agricultores de Portugal. E, só entre 2003 e 2005 a área agrícola dedicada ao modo de produção biológico aumentou 93%.
Notícia apresentada pela Tânia Dias, aluna nº20 do 11ºD

A PAC pós 2013

Portugal ainda não vai conseguir ver consagrado o princípio de que todos os agricultores da União Europeia passem a receber o mesmo nível de ajudas ao rendimento, dado que as propostas de revisão da Política Agrícola Comum (PAC) em preparação pela Comissão Europeia excluem expressamente essa possibilidade.
“Na UE os produtores agrícolas enfrentam condições económicas e naturais muito diferentes na UE", justifica a Comissão no projecto de propostas, porém defendeu que as ajudas devem passar a ser distribuídas de forma "mais equitativa". No entanto, em Portugal o problema está no facto de as ajudas directas ao rendimento dos agricultores terem sido originalmente calculadas em função de produções históricas, o que beneficiou os países maiores e mais ricos, como a França ou a Alemanha. Assim, Portugal, que tinha um nível de produção particularmente baixo, ficou igualmente com o montante de ajudas por hectare mais baixo, originando disparidades abissais na União Europeia entre a Grécia, que recebe um valor médio de 527 euros por hectare, e a Letónia, que não vai além de 83 euros. Portugal é o país menos beneficiado dos antigos estados-membros, com 163 euros por hectare e 2785 euros por exploração, contra um valor médio de 5291 euros no conjunto da UE.Uma das ideias avançadas da Comissão sobre a nova PAC depois de 2013 passa pela instituição de um tecto ao volume de ajudas por exploração, enquanto os pequenos produtores deverão passar a receber um nível mínimo de pagamentos directos através de um regime muito simplificado, com o objectivo de atenuar estas disparidades, através de uma reforma do actual sistema de ajudas directas ao rendimento.As ajudas em si - destinadas aos "agricultores activos", o que pressupõe que os que não produzem deixam de ser subsidiados - serão constituídas por um montante de base complementado com uma componente ambiental obrigatória para tornar a produção mais "verde". Estes montantes podem ser reforçados com um suplemento de ajuda destinado às zonas mais desfavorecidas ou com dificuldades específicas, que poderá ser complementado com ajudas nacionais numa base voluntária.
Esta proposta da Comissão será apresentada aos governos no dia 17 de Novembro, não referindo quaisquer montantes para o futuro orçamento da PAC depois de 2013, mas os seus termos pressupõem a manutenção do seu peso actual, de 55 mil milhões de euros anuais num orçamento comunitário de 130 mil milhões.
Dacian Ciolos, comissário europeu e responsável pela pasta da Agricultura, defende especificamente que a Política Agrícola Comum deve manter-se uma "política comum forte", com um regime de ajudas ao rendimento dos agricultores mais verdes e distribuídas de forma mais equitativa. Já as ajudas destinadas ao desenvolvimento rural, de natureza plurianual, serão dirigidas ao reforço da competitividade, à luta contra as alterações climáticas e à inovação.
Fonte: Jornal Público de 9 de Outubro de 2010
Notícia apresentada pela Carla Silva, aluna nº 6 do 11º D

Aula de 13 de Outubro

Na aula de 13 de Outubro salientou-se a importância que a nova PAC deu ao desenvolvimento rural, definiu-se associativismo, consolidaram-se os objectivos da reforma da PAC de 2003, evidenciaram-se os pontos fracos e os pontos fortes da agricultura portuguesa e distinguiram-se as formas de agricultura biológica.
A nova PAC, para além dos objectivos principais, pretendeu evitar o êxodo rural ao atrair os jovens para a agricultura; potenciou a pluriactividade bem como o desenvolvimento de outras actividades rurais; reconverteu terrenos agrícolas para outros fins, respeitando o meio ambiente. O associativismo é uma estratégia utilizada para organizar os produtores em associações ou cooperativas. Ao estarem associados, os agricultores têm mais informação, maior promoção e comercialização dos seus produtos, acesso à tecnologia moderna e a créditos. Beneficiam também do co-financiamento da UE (uma percentagem do capital total necessário).
A reforma da PAC de 2003 tinha vários objectivos. No entanto, nem todos foram cumpridos até agora. Entre eles, pretendia-se diminuir o impacto ambiental, preferindo a agricultura biológica, conservar o espaço natural e a paisagem e tornar as explorações mais eficazes.
A agricultura portuguesa tem maioritariamente pontos fracos como, por exemplo, o excesso de minifúndios, a mão-de-obra envelhecida e pouco qualificada e a pouca mecanização e inovação. No entanto, alguns pontos fortes fazem do nosso país um dos melhores produtores da UE de vários produtos como o azeite, o vinho, o queijo, etc. Para além disso, temos uma boa actividade agro-turística e boas condições para promover produtos regionais.A agricultura biológica é, cada vez mais, a melhor opção. Garante-nos a boa qualidade dos produtos, onde foram produzidos e em que condições. Os produtos biológicos recebem, para além do selo que indica que é biológico, um de três selos. Estes três selos indicam as condições em que o produto foi produzido. São eles: denominação de origem protegida (todo o processo deu-se em determinada região e só é possível nessa mesma região), indicação geográfica protegida (o produto possui uma característica específica associada a determinada área geográfica e pelo menos uma das fases do processo ocorre nessa área) e especialidade tradicional garantida (o produto tem características específicas e foi produzido com ingredientes tradicionais e/ou de forma tradicional).
Texto apresentado pela Inês Barge, aluna nº 9 do 11ºD

Presidente da Republica pede ao Governo uma atenção especial à agricultura alentejana

Segundo a TSF, Cavaco Silva pediu uma atenção particular do Governo para a agricultura alentejana, em especial para que possam ser criadas condições para os jovens agricultores. Considerou também que a aposta na produção agropecuária pode ser uma alternativa para o desenvolvimento do Interior. Afirma que há que criar condições para que surjam os agricultores, para que jovens se motivem a ser empresários agrícolas, mas que não se dediquem apenas á agricultura, também a outras actividades como o turismo rural.
Notícia apresentada pela Ana Rocha, aluna nº 2 do 11ºD

Aula de 11 de Outubro

Com a insuficiência das medidas reformuladas na Agenda 2000 e de forma a por fim aos problemas da falta de competitividade no mercado mundial, da desigualdade na repartição dos apoios entre os produtores e as regiões e da pressão ambiental resultante dos sistemas intensivos, em 2003 a União Europeia adopta uma reforma profunda da Política Agrícola Comum (PAC) que altera completamente a forma como a União Europeia apoiava o seu sector agrícola.
A nova PAC aprofunda as metas da Agenda 2000 e consubstancia a politica de desenvolvimento rural. Esta nova politica orienta-se para os consumidores e deixa aos agricultores a liberdade de adaptarem a sua produção às necessidades do mercado.
Com esta nova reforma, o subsídio dos agricultores será pago independentemente do volume da produção, de forma a evitar o abandono das produções. A este principio dá-se o nome de “pagamento único por exploração“, sujeito a normas ambientais, de segurança alimentar e de bem-estar animal.A U.E. reviu também as organizações do mercado do leite, do arroz, cereais (produtos onde a exploração é excedentária), de modo a estabelecer limites orçamentais em todos os Estados-membros até 2013.
Introduziu-se um mecanismo de disciplina financeira, reforçando-se o poder de negociação da UE a nível mundial.
Os princípios fundamentais da nova PAC são:
• o já referido pagamento único por exploração, independentemente da produção, de forma a evitar o abandono da produção;
• o principio da condicionalidade, isto é, esse pagamento é sujeito a normas no domínio ambiental, da segurança dos géneros alimentícios, da sanidade animal, da fitossanidade e do bem-estar dos animais, bem como à exigência de manter todas as superfícies agrícolas em boas condições agronómicas e ambientais;
• a modulação no caso das explorações de maiores dimensões, para um mecanismo de disciplina financeira que assegure o orçamento até 2013.
Texto elaborado pela Elsa Almeida, aluna nº 8 do 11ºD

Aula de 8 de Outubro

Em 1997, a reforma de 1992 é acrescentada pela estratégia definida na Agenda 2000, documento onde se efectiva a integração ambiental na PAC. O seu objectivo era o alcance do bom equilíbrio entre uma produção agrícola competitiva e o respeito da natureza e do ambiente.
Introduziram-se então várias medidas para alcançar a coerência entre as políticas agrícola e do ambiente.
Com a agenda 2000, a PAC passou a estar organizada em duas áreas de intervenção:
-politica do mercado;
-desenvolvimento sustentável das áreas rurais.
A UE passa a aplicar importantes medidas agro-ambientais que vão contribuir para a protecção do ambiente e a preservação do espaço rural. É definido que os agricultores, num período mínimo de 5 anos, devem adoptam técnicas agrícolas compatíveis com a defesa do ambiente, recebendo em troca pagamentos que compensam a perda de rendimentos.
As práticas abrangidas pelos regimes agro-ambientais são:
- a extensificação da agricultura compatível com o ambiente;
- a gestão de sistemas de pastagens extensivos;
- a gestão integrada e agricultura biológica;
- a preservação das paisagens;
- a conservação dos habitats e da biodiversidade.
A Agenda de 2000 reconhece o papel biológico da PAC para a diminuição dos excedentes, o fomento de qualidade e conservação do ambiente na actividade agrícola.Dá-se um grande impulso à agricultta biológica. Ao comprarem produtos biológicos os consumidores estão seguros que 95% do produto é biológico sem a introdução de qualquer químico, que tem controlo oficial, que adopta uma embalagem selada e que ostenta o nome do produtor.
Ainda nesta Reforma da PAC define-se que o desenvolvimento rural está dividido em dois tipos de medidas:
- medidas de acompanhamento (reformas antecipadas, medidas agro-ambientais, reconservaçao da natureza, aposta na silvicultura)
- medidas de modernização (investimento nas explorações agrícolas, acções de formação profissional).
A medida da reforma da PAC de 1992 mais aplicada em Portugal foi o set-aside. Aplicaram-se ainda diversas medidas de acompanhamento, tais como as reformas antecipadas, a reconversão de áreas agrícolas em zonas protegidas e os incentivos financeiros à agricultura biológica.
Texto da autoria da Daniela Mtos, aluna nº 7 do 11ºD.

Na agricultura, exportar é fundamental

Segundo o jornal on-line "Mundo Português", o ministro da Agricultura defendeu que Portugal deve promover as suas exportações de alimentos, áreas em que o país é “altamente deficitário”. Defende que o sector agrícola é estratégico para a economia nacional, afirmando que a agricultura é decisiva para promover as nossas exportações de alimentos e reduzir as importações. Refere também que Portugal consome mais alimentos do que os que produz e que é necessário garantir que a agricultura portuguesa tenha condições para reforçar o papel estratégico que tem o nosso país.
Reforçou esta ideia com esta frase “consumimos mais produtos alimentares do que os que produzimos, pelo que temos de importar grande parte deles; somos altamente deficitários”, dizendo também que é necessário alterar esta situação.
Defende também que a agricultura é um sector fundamental para o desenvolvimento da Europa e do país e que deve continuar a garantir a função primária de produção de alimentos para a nossa população.
Fonte: Mundo Português, Maio de 2010
Notícia apresentada pela Ana Rocha, aluna nº do 11ºD

Aula de 6 de Outubro

Na aula do dia 6 de Outubro falámos sobre a política agrícola comum (PAC).
A política agrícola comum foi criada em 1962 para assegurar o abastecimento de géneros alimentares, manter o equilíbrio entre a cidade e o campo, valorizar os recursos naturais, preservar o meio ambiente e garantir aos agricultores um rendimento em conformidade com os seus desempenhos.
Os princípios básicos da PAC são: a criação de um grande mercado único dentro do qual os produtos agrícolas possam circular livremente; a preferência pelos produtos agrícolas produzidos na União Europeia; o financiamento comunitário da política agrícola comum e a unicidade dos preços.
Deram-se três fases, a primeira foi de 1962 a 1992, a segunda foi marcada pela reforma de 1992 e a terceira pela reforma de 2003.
Os objectivos da PAC eram aumentar a produtividade agrícola, garantir um bom nível de vida a população agrícola, estabilizar os mercados, garantir os fornecimentos regulares e garantir preços razoáveis nos fornecimentos aos consumidores. Estes objectivos deram origem a uma estratégia de incentivo à produção.A forma de garantir a PAC concretiza-se através das Organizações Comuns dos Mercados (OCM’s), através do estabelecimento de regras comuns e da obrigatoriedade das organizações nacionais de mercado estarem com a organização europeia do mercado.
Os princípios a respeitar por cada Estado-membro são os seguintes: o mercado unificado, a preferência comunitária e a solidariedade financeira.O financiamento da PAC é efectuado através do Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agrícola (FEOGA). O fundo de garantia destina-se ao financiamento das despesas de organização comum dos mercados agrícolas, enquanto que o fundo de orientação se destina à aplicação de fundos estruturais, com vista a diminuir assimetrias.
O principal objectivo da PAC (assegurar a auto-suficiência) deu origem a graves problemas, tais como o excesso de produção e o aumento dos excedentes, provocando o aumento das assimetrias regionais e o aumento dos problemas ambientais.
A entrada de Portugal na CEE, em 1986, dá-se numa fase de transição da PAC, ou seja os apoios alteram-se e deixam de ser concedidos em função da capacidade de produção e passam a ser canalizados com o objectivo de fomentar uma agricultura menos intensiva e mais “amiga” do ambiente, financiando a agricultura biológica, a florestação do solo agrícola e a aposta no turismo rural.
Portugal passa a receber fundos comunitários para aplicar a estratégia do set-aside, ou seja paga-se para a redução da área cultivada, com o objectivo de combater a produção excedentária.
Os grandes latifundiários, sobretudo do Alentejo, só podem usufruir de apoios da UE se diminuírem em 15% das suas terras aráveis. Assim, da lógica de produzir para receber passa-se para a lógica de receber para não produzir. No entanto, essa lógica não deu certo, dando muitas despesas. Para melhorar a situação passou-se então da produção ilimitada à definição de quotas.
Os objectivos da Reforma da PAC (1992) eram promover a segurança e a qualidade de produtos, reduzir os excedentes, reduzir os encargos com a PAC, aumentar a competitividade dos produtos agrícolas europeus, simplificar a legislação europeia, aumentar a procura interna e defender as explorações agrícolas familiares.
Texto apresentado pela Carla Silva, aluna nº 6 do 11ºD

Quando a agricultura dá certo...

A agricultura constitui o sector mais deprimido da economia nacional.
É ao nível da agricultura que se verificam os salários mais baixos, que a idade média dos agricultores é elevada e a área cultivada é cada vez mais reduzida. A estes factores juntam-se ainda a falta de investimento nesta área, a concorrência internacional, o desconhecimento científico ao nível das culturas e a falta de incentivos. No entanto, vamos conhecer alguns casos de sucesso:- Vinho: a “Ferreirinha” de Palmela – Leonor Freitas tornou-se viticultora, dando seguimento à casa agrícola dos seus pais, à qual já pertenciam vários troféus internacionais.
Modificou a qualidade do vinho e tornou a produção mais rentável, sustentando uma marca própria. Para maior escoamento da produção implementou o sistema bag-in-box.
Leonor apostou em novas castas, que se adaptavam ao nosso solo, e que permitiam produzir vinhos mais compostos e com mais qualidade. Dispôs sempre de um enólogo, uma aposta com mão-de-obra qualificada.
Aproveitou o apoio dos fundos comunitários, para investir no seu trabalho. Comprou mais hectares de vinha, o número de trabalhadores aumentou, e continuou a notar-se a existência de pessoal qualificado e licenciado.
A produção continua a aumentar e criou mais um centro de vinificação.
- Azeite: o grupo Sovena cria olival em 10 mil hectares de exploração intensiva.
Em 2009 adquiriu 5200 hectares de olival, já tendo investido 200 milhões de euros na produção, ficando assim com 9700 hectares. A empresa está agora a construir um lagar em Odivelas, desenhado pelo arquitecto Ricardo Bak Gordon. A colheita é mecanizada. As máquinas em forma de arco «vindimam» o olival, abanando os ramos e libertando-os da azeitona. Assim, os custos diminuem e a apanha é mais rápida, pois a máquina consegue fazer 5 hectares por dia.Luís Folque, administrador da Sovena, justifica a importância de ter produção própria, poder experimentar e fazer azeites, monovarietais e de produção específica.
Esta empresa detém a marca Oliveira da Serra e vende para mais de 70 países.
- Frutos Silvestres: a produção de bagas de mirtilo em Sever do Vouga revolucionou a região e salvou o microfundio familiar. Nesta região onde predominam minifúndios, o mirtilo foi introduzido como forma de aumentar o rendimento dos agricultores.
Os terrenos foram avaliados por técnicos da fundação holandesa Lockorn, e verificaram que a zona era óptima para introduzir os pomares.
Muitos agricultores têm reconvertido os terrenos para receber os pomares de vaccinium corymbosum, que produz uma baga com poder antioxidante, com benefícios para a visão e para o aparelho circulatório.
A preparação do terreno, as exigências nutricionais e a colheita justificam os elevados custos de instalação e exploração. Contudo, as 10 toneladas produzidas por hectare recompensam os agricultores.
- Cereja: Filipe Costa, engenheiro agrónomo, estudou o sector para vir a cuidar das terras da família e replantou um pomar de cerejas.
Filipe é o coordenador técnico da Cerfundão, empresa que embala e comercializa cereja da Cova da Beira, afirma que 2010 foi um mau ano agrícola, devidas as chuvas tardias de primavera.
Os pomares estão instalados em patamares talhados a laser, seguindo as curvas de nível e os 110 hectares são monitorizados através de chips colocados nas filas das árvores.
Através do telemóvel Carlos pode receber diversas informações sobre a produção.
Luís Martins, presidente da junta de Alcongosta e proprietário da empresa Sabores da Gardunha, reconhece que a cereja tem gerado rendimentos que permitem a expansão dos agricultores.
Fonte: revista Visão de 23 de Setembro de 2010
Notícia apresentada pela Ana Rosa, aluna nº 3 do 11ºD

Aula de 30 de Setembro

Sumário: Rendimento e produtividade agrícolas
O rendimento agrícola é a relação entre o total da produção (toneladas) e a superfície cultivada.
RA= toneladas/hectares.
Exemplo:
RA= 1000000/20000
RA= 50 ton/ha
Nem sempre a uma maior área de cultivo corresponde uma maior produção.
O rendimento agrícola determina o rendimento empresarial líquido, isto é, o rendimento traduzido em valor monetário (diferença entre receitas e despesas).
A produtividade agrícola é a relação entre o total da produção (ou o seu valor) e a mão-de-obra utilizada (nº de horas de trabalho).
PA= toneladas ou euros/nº de horas anuais> UTA-unidade de trabalho anual
Exemplo:
PA=100000000/20000
PA=5000 euros/UTA
A produtividade agrícola depende do grau de mecanização utilizada na agricultura.
Em Portugal:
Com a entrada na CEE verificaram-se grandes alterações da paisagem natural porque:
- grande parte da vegetação natural foi artificializada (estradas, cidades);
- grande parte da área agrícola passou para área florestal.
Texto da autoria do Bruno Ferreira, aluno nº5 do 11ºD

Azeite Gallo: o quinto mais vendido do mundo

Em Julho de 2009 a Unilever Jerónimo Martins decidiu autonomizar a unidade de azeites e óleos vegetais, onde sobressai a marca Gallo. Mais de um ano depois a quota de mercado em Portugal passou de 23,3% para 27,1% em Setembro deste ano.
O director-geral da Gallo afirma que reforçaram a liderança no mercado português e no mercado brasileiro de uma maneira muito crítica e continuam a liderar na Venezuela. No Brasil o azeite Gallo aumentou uma quota de 2% este ano. A China e o Japão são apostas ainda a longo prazo.
O Brasil contribuiu para que a facturação chegasse aos cem milhões de euros em 2009. "Estamos a crescer na venda do produto mas, é uma subida devido à impulsão dos mercados internacionais". Centrar uma equipa no produto a nivel geográfico do país, através dos mercados internacionais, ajuda a um melhor desenvolvimento do produto e da sua produção e venda.
Actualmente a marca do Gallo está em 40 países, tendo vindo a aumentar. É a quinta marca mais vendida no mundo, mas a luta para uma subida ainda maior tem sido difícil por causa da forte concorrência. Devido à sua eficácia na organização, oa marca continua a lutar para ser uma das primeiras marcas mais vendidas no mundo. O director-geral do azeite Gallo acredita na abertura de caminhos em novos mercados, nomeadamente na Europa devido à conquista do primeiro prémio Mário Solinas Azeite Novo 2009-2010.
É contra as marcas próprias que o azeite Gallo tem vindo a combater para que ainda possa ter possibilidades de crescer mais nos supermercados e hipermercados. Para que aconteça este crescimento a empresa tem feito um grande esforço para continuar a dar um nível de qualidade ao produto com consistência absoluta e quem o consome reconhece esse trabalho e é por essa diferenciação que a Gallo quer manter os seus clientes e conquistar novos.
Por ano, a Gallo recebe entre cinco a oito mil amostras de azeite de produtores nacionais, das quais 70% são rejeitadas.
Apesar do aumento de produção nacional, a importação de azeite de outros mercados não vai parar, havendo o objectivo de manter as características do produto e a consistência do sabor.
Fonte: Público de 26 de Setembro de 2010
Notícia apresentada pela Joana Silva, aluna nº12 do 11ºD

Aula de 29 de Setembro

Na aula de 29 de Setembro abordámos os temas da má gestão e utilização do solo arável em Portugal e da nossa dependência externa em termos agrícolas.
No primeiro tema vimos que a maioria dos solos portugueses são pouco férteis devido às condições naturais desfavoráveis, havendo muitos solos que são ocupados com culturas para as quais não têm aptidão. Também vimos que a estrutura fundiária predominante é muito fragmentada, o que inviabiliza a mecanização e a modernização. Tanto o sistema extensivo, como o sistema intensivo apresentam desvantagens quando utilizados ao extremo, pois o pousio absoluto torna os solos mais sujeitos aos efeitos da erosão, enquanto que o uso contínuo dos solos pode levá-los ao empobrecimento. Referimos tambem que a utilização excessiva de fertilizantes químicos e de pesticidas tornam os terrenos inférteis e vimos ainda que é patente a falta de mão-de-obra agrícola instruida e aberta à inovação.
No segundo tema vimos que Portugal é, em termos agrícolas, muito dependente de outros países. Na totalidade, importa mais do que consegue exportar, o que se reflecte num crescente défice de balança comercial de produtos agrícolas. Analisámos gráficos que nos mostravam que a relação entre a produção nacional e o consumo interno é desequilibrada em muitos produtos. Há um excesso de produção de fruta e de vinhos, enquanto que há défice em azeite e cereais. Ainda assim, Portugal apresenta uma situação de balança comercial positiva, nomeadamente com Espanha e com os PALOP; já com França, Brasil, EUA, e Argentina há uma situação de défice.
Texto da autoria da Ana Rita Lopes, aluna nº 4 do 11ºD

A agricultura em Portugal e Espanha

Há pouco tempo ninguém imaginaria que as trocas comerciais de produtos agrícolas entre Portugal e Espanha haveriam um dia ficar equilibradas. Porém desde 1997 que as exportações para Espanha de um conjunto de produtos básicos (animais vivos, leite e lacticínios, frutas, hortícolas e cereais) excederam em valor as importações. Antigamente julgava-se que a arcaica agricultura portuguesa estaria condenada a extinguir-se pela força da moderna agricultura espanhola. No entanto, os agricultores portugueses souberam mostrar que são capazes de disputar o mercado nacional.
Mas, não se pode comparar a dimensão da agricultura espanhola com a portuguesa, dado que a superfície agrícola utilizada em Espanha é muito superior à da agricultura portuguesa. No entanto, a maior diferença entre as duas agriculturas é o grau de organização empresarial e o perfil de especialização.
Em Espanha há empresas sólidas que há muitos anos se desenvolveram numa lógica de mercado internacional, enquanto em Portugal a agricultura se pautou quase exclusivamente pelo abastecimento dos mercados regionais.
Também a dimensão média das explorações espanholas é superior aos valores nacionais e a sua produtividade pode ser constatada pela utilização de mão-de-obra: em Espanha, 1,1 milhões de agricultores cultivam uma área de 29,7 milhões de hectares, quando em Portugal 514 mil pessoas se ocupam de uma área que ronda os 3,9 milhões de hectares. Mas para além da dimensão empresarial, o perfil estrutural da agricultura espanhola está melhor adaptado às condições eco-climáticas do Mediterrâneo.
Os espanhóis conseguiram praticamente a auto-suficiência em cereais e são o segundo maior produtor europeu de frutas e hortícolas e o terceiro maior produtor de vinho. Porém, infelizmente, em Portugal não acontece o mesmo, pois todos os anos é necessário importar 64 por cento dos cereais consumidos e, apesar das condições naturais, Portugal apenas produz três por cento do volume global das frutas europeias.
Entre 1950 e 1980 a produção nacional diminuiu. Os espanhóis, pelo contrário, apostaram forte no olival e hoje o seu azeite está a ser promovido com sucesso em mercados como o dos Estados Unidos.Em 1991, a Espanha exportou para Portugal 3,6 milhões de contos; três anos mais tarde esse valor subiu para 15 milhões. As novas atitudes das grandes superfícies comerciais, apostadas nas mais valias da produção nacional, e o surgimento de empresas melhor dimensionadas e de agrupamento de produtores acabariam por equilibrar a situação.
Contudo, as duas agriculturas têm uma semelhança: ambas evoluem no mesmo sentido. O número de explorações diminui, a população activa no sector reduz-se paulatinamente e a sustentação dos rendimentos depende cada vez menos do mercado e mais de medidas políticas.
Texto fornecido pela Carla Silva, aluna nº 6 do 11ºD

Aula de 27 de Setembro

No última aula de Geografia abordámos o tema da população agrícola.
Em Portugal, a população agrícola tem um carácter sobretudo familiar. A actividade agrícola regista valores ainda elevados no total da população activa em muitos concelhos de Trás-os-Montes e do Alentejo, enquanto que no Litoral a Norte do Tejo os valores são mais reduzidos.
Nas últimas décadas tem-se assistido a uma diminuição da mão-de-obra agrícola, o que constitui sinal de desenvolvimento do país. A população activa agrícola tem vindo a diminuir devido às melhores ofertas de emprego nos sectores secundário e terciário e por via da própria modernização da agricultura.
Verifica-se também uma relativa estabilização ao nível da mão-de-obra silvícola, o que prova a importância que a floresta ainda tem na economia nacional.
Da mão-de-obra agrícola existente, grande parte é idosa, havendo grande dificuldade em atrair população jovem para o sector. Assim, verifica-se uma situação de duplo envelhecimento no sector agrícola.
As regiões de Entre Douro e Minho, Açores e Madeira são as regiões com maior proporção de jovens no sector agrícola.
O nível de instrução da população agrícola é bastante reduzido, principalmente na região de Entre Douro e Minho. A existência de uma agricultura mais moderna e mecanizada no Alentejo explica o maior grau de instrução dos agricultores desta região.Em termos gerias, o envelhecimento da população agrícola portuguesa explica os reduzidos níveis de instrução, daí poder concluir-se que a idade dos agricultores condiciona os seus estudos. Hoje em dia, a mulher assume ¼ da população activa na agricultura.
A pluriactividade pode ser uma alternativa para aumentar o rendimento das famílias dos agricultores. Estas famílias tendem a ser multifuncionais e acumulam rendimentos provenientes da agricultura com os de outras actividades: pluri-rendimento.
Texto da autoria da Ana Rosa, aluna nº3 do 11ºD

Aula de 24 de Setembro

A figura que se segue mostra como se processa o emparcelamento. Texto da autoria da Ana Rocha, aluna nº2 do 11º D

Aula de 22 de Setembro

Na aula de 22 de Setembro ficámos a conhecer as nove regiões agrárias de Portugal e abordámos os factores condicionantes da agricultura portuguesa. Diferenciámos ainda as principais paisagens agrárias do país, nomeadamente as de Entre Douro e Minho e do Alentejo.
As regiões agrárias do nosso país são: Entre Douro e Minho, Trás-os-Montes, Beira Litoral, Beira Interior, Ribatejo e Oeste, Alentejo, Algarve, Madeira e Açores. As diferenças entre si são deveras significativas, sobretudo entre o Norte e o Sul do continente.Os sistemas de culturas apresentam contrastes no que toca à ocupação do solo, culturas e necessidade de água. Também a morfologia dos campos e o povoamento são diferentes – sendo sempre evidente o contraste entre o Norte e o Sul.
De entre os factores condicionantes destaca-se o relevo – acidentado e irregular no Norte e aplanado e regular no Sul.Abordámos também um pouco das políticas agrícolas (nacional e comuniária) e as ajudas e subsídios provenientes da UE.
Texto da autoria da Ana Carolina Fernandes, aluna nº 1 do 11º D

Breve retrato da agricultura em Portugal

Segundo um estudo datado de 2008, baseado em dados fornecidos pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) e pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA), a maioria dos agricultores portugueses tem entre os 50 e 60 anos, 71% tem mais de 55 anos, 47 % mais de 65 anos e somente 2 % tem menos de 35 anos. Mais de 20% dos agricultores portugueses não sabe ler nem escrever, 90% das explorações tem dimensão económica pequena e 80% usa mão-de-obra familiar.
O estudo indica que a agricultura portuguesa se baseia em explorações de muito pequena dimensão económica, sendo que em termos de área a média do país ronda os 11,5 hectares por exploração agrícola.No entanto, as características da agricultura e dos agricultores não são as mesmas no sul, no centro e no norte do país, reflexo das áreas médias por exploração de 61 hectares no Alentejo, ou de 2,6 hectares na Beira Litoral, situação que vai influenciar o tipo de cultura presente em cada região.
Notícia fornecida pela Ana Rocha, aluna nº 2 do 11ºD.