quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Aula de 5 de Janeiro

Em Portugal, o processo de suburbanização, ocorreu sobretudo no litoral, em torno das cidades de Lisboa e do Porto.
A expansão suburbana destas cidades envolveu também algumas cidades próximas, desenvolveram aglomerados populacionais, criaram um dinamismo económico e demográfico e alguns delas ascenderam a cidade (estavam dependentes da cidade, mas depois ganham autonomia). As relações que estabelecem exigem decisões conjuntas (porque os problemas dizem respeito a toda a área metropolitana). E então em 1991 foram instituídas as áreas metropolitanas de Lisboa (AML) e do Porto (AMP).
A criação destas áreas metropolitanas não foi totalmente acompanhada por regulamentação. Isto só aconteceu em 2003, com a Lei-quadro das Áreas Metropolitanas. Nesta lei admitiu-se a constituição de grandes áreas metropolitanas e de comunidades urbanas, tendo como requisitos a continuidade territorial dos concelhos.
Esta lei veio proporcionar a criação de novas estruturas de cooperação intermunicipal, e levou também à recomposição das áreas metropolitanas proporcionando a alteração na organização funcional e nas relações que estabelecem.
Estas duas principais áreas metropolitanas desenvolvem grandes relações de complementaridade onde aumentam o dinamismo e a competitividade, podendo assim passar de uma estrutura funcional monocêntrica (todos os concelhos dependiam da cidade central) e radiocêntrica (os concelhos estão ligados à cidade, mas alguns estão ligados entre si) para uma estrutura policêntrica ( todos os concelhos estão ligados entre si). O dinamismo demográfico das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto evidenciam-se pelo aumento da população. A perda populacional foi mais verificada em concelhos centrais, enquanto o maior crescimento verifica-se nos concelhos com boas acessibilidades e a disponibilidade de espaço.
Alguns concelhos das áreas metropolitanas viram os seus concelhos aumentarem a sua população devido ao desenvolvimento dos transportes e das redes viárias.
As áreas metropolitanas caracterizam-se por uma população mais jovem e instruída.
Estas áreas metropolitanas fornecem mais de 40% emprego, e com ganhos superiores á média nacional.
A sua bipolarização da concentração das actividades económicas demonstra grande importância no tecido económico do pais.
No nosso pais temos uma actividade macrocéfala, porque a área metropolitana de Lisboa acumula uma série de vantagens únicas a nível nacional:
- a capital do pais;
- acumulação dos recursos estratégicos;
- a atracção de pessoas e actividades qualificadas;
- a presença relevante em redes internacionais.
Estas são vantagens que se encontram apenas na AML.
Texto elaborado pela Daniela Matos, aluna nº 7 do 11ºD