quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Aula de 7 de Janeiro

Na aula de sete de Janeiro (sexta-feira), abordámos os factores urbanos e territoriais das áreas urbanas.
Analisámos nomeadamente, o processo de expansão urbana, o qual dá origem ao aparecimento de áreas periurbanas – estas são áreas localizadas em territórios próximos dos aglomerados urbanos onde o espaço rural é ocupado por actividades e funções urbanas e industriais.
A periubanização vai ocupando áreas rurais com actividades e funções habitacionais, comércio, indústria e os serviços, deste modo encarnando um papel multifuncional.
Com o arrastar desta tendência e com a melhoria das acessibilidades associada à expansão da rede viária estes processos são facilitados, com uma população esgotada da localização difusão característica das zonas suburbanas já sobrelotada, originando-se o movimento de pessoas e emprego das grandes cidades para pequenas vilas e aldeias já fora da zona metropolitana provocando movimentos pendulares na população. Por último e não obstante, a integração das pessoas oriundas de espaços urbanos para estes espaços rurais permanecem com uma postura urbana vivendo no campo, designando a esta transformação de rurbanizaçao.
Contudo existem impactos sociais, ambientais e territoriais na expansão urbana, especificamente:
> Na intensificação dos movimentos pendulares (anteriormente existentes apenas para a grande cidade mas também agora entre áreas que a envolvem);
> Pressão sobre a sistema de transportes urbanos, pois nem sempre dá resposta às necessidades da população;
> Maior consumo de combustível traduzido em maior poluição atmosférica;
> Aumento de despesas e stress, associadas às deslocações quotidianas;
> Desordenamento de espaço, resultante da desorganização urbanística;
> Falta de equipamentos colectivos e de oferta de serviços nos aglomerados urbanos;
> Aumento das despesas de instalação de abastecimentos de água, electricidade, gás, devido à dispersão do povoamento nas áreas periurbanas;
Este fenómeno geográfico limitou-se sobretudo à distribuição da população junto ao litoral, particularmente nas cidades de Lisboa e do Porto, falando-se assim de litoralização e por conseguinte de bipolarização. Criadas em 1991, a AML e a AMP, são associações especiais de municípios, com vastas competências, mas de reduzida eficácia, já que existe muita individualidade e reduzida existência de acções/decisões conjuntas entre concelhos. Ainda assim existe uma grande disparidade entre AML e a AMP a nível de dinamismo económico, apresentando a AML resultados mais elevados. Sendo, a AML capital do país existem também mais investimentos em recursos e em indústria tecnológica que exige mão-de-obra qualificada. As migrações pendulares constituem um fenómeno muito importante das áreas  metropolitanas, surgindo migrações também entre cidades suburbanas, situação actual de pernoita e monocêntrica, contrastante com Espanha – policêntrica.
Com esta forte mobilidade ao centro, acentua-se a importância dos transportes públicos para os subúrbios e para os centros das cidades isto reflecte-se na;
> Diminuição da população dos concelhos de Lisboa e do Porto;
> Progresso de suburbanizaçao;
> Crescente terciarização das duas cidades que veio reforçar o desenvolvimento do sistema de transportes e de redes viárias, (sobretudo no caso de Lisboa).
Com esta evolução, pode-se agora distinguir diferentes cidades: cidades dormitório de cidades-satélite, estas últimas têm já um carácter funcional, dotadas de infra-estruturas e equipamentos de apoio à população, bem como dinamismos socioeconómicos e residencial capaz de satisfazer as necessidades da população sendo geradora de emprego para muitos dos seus habitantes.
Contrapondo-se a estas, as cidades dormitório que apesar de lá existir algum dinamismo económico, as actividades existentes não são suficientemente atractivas para empregar e fixar a sua população activa.
Quanto aos postos de trabalho a AML abarca um série de vantagens ao nível nacional,
> É desde logo a capital do país;
> Geograficamente acumula em si recursos estratégicos para o desenvolvimento;
> Atrai pessoas e actividades qualificadas de outros países;
> Com presenças relevantes em redes inter-nacionais de cooperação e intercâmbios, sendo estas actividades económicas um excelente indicador do pulsar de uma cidade.
Texto apresentado por Elsa Morais de Almeida, aluna nº 8 do 11ºD