segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Aula de 3 de Janeiro

No dia 3 de Janeiro falámos sobre as áreas urbanas.
O crescimento das cidades está fundamentalmente relacionado com o aumento demográfico, mas liga-se, também, com o seu próprio dinamismo funcional interno que provoca alterações dos padrões locativos das diferentes funções.
Dão-se duas fases: uma fase de atracção/concentração da população denominada por fase centrípeta, e uma fase de repulsão/desconcentração chamada por fase centrífuga.
A expansão urbana resulta ainda de outros factores, tais como: a dinâmica da construção civil (construções na horizontal); o desenvolvimento das próprias actividades económicas, que conduz à necessidade de expandir e modernizar as empresas e, como tal, à procura de novos espaços de localização; o desenvolvimento dos transportes e das infra-estruturas viárias para o aumento da mobilidade e da acessibilidade; o aumento da taxa de motorização das famílias, que permite deslocações mais longínquas.
A expansão urbana acompanha, geralmente, os principais eixos viários de acesso à cidade, verificando-se uma forte relação entre a sua localização e a densidade de construção (causa: vias de comunicação; efeito: desenvolvimento).

A suburbanização e a periurbanização.
A suburbanização é o processo de crescimento da cidade para a periferia. Em Portugal, este fenómeno teve particular incidência nas áreas urbanas do Litoral a partir dos anos 50, com a intensificação do êxodo rural.
Numa fase inicial, os subúrbios cresceram de forma não planeada, essencialmente ao longo das principais vias de comunicação, onde era maior a acessibilidade à cidade e onde as habitações eram mais baratas. O rápido crescimento destas áreas foi ainda marcada pelo domínio de edifícios plurifamiliares, prolongando a paisagem urbana.
Podemos dizer que o processo de suburbanização se deu em quatro fases:
1ª Faseà Relação de dependência face as grandes cidades; função residencial.
2ª Faseà Cresceram muito, tendo assim a necessidade de ter mais funções; têm agora mais autonomia.
3ª Faseà Relação de complementaridade.
4ª Faseà Área metropolitana.
A periurbanização relacioa-se com áreas de espaço rural ocupadas, de forma descontínua, por funções urbanas: indústria, comércio e alguns serviços, dando origem à rurbanização, ou seja, o facto de o espaço rural ser urbanizado.
A melhoria da acessibilidade associada à expansão da rede viária facilita estes processos, que se caracterizam também pela localização difusa da função residencial e das actividades económicas e provocam o aumento dos movimentos pendulares.
No entanto, a expansão urbana tem também alguns impactes negativos, tais como: intensificação dos movimentos pendulares, que são cada vez mais complexos; grande pressão sobre o sistema de transportes urbanos, que nem sempre consegue dar resposta às necessidades da população; aumento do consumo de combustível e da poluição atmosférica; aumento das despesas, da fadiga e do stress; desordenamento do espaço, resultante da urbanização não planeada e da existência de bairros de habitação precária; falta de equipamentos colectivos e fraca oferta de serviços; aumento das despesas com a instalação de redes de abastecimento de água, electricidade e saneamento, devido à dispersão do povoamento nas áreas periurbanas. 
Realizámos também a ficha 17 do caderno de actividades sobre essa matéria.
Texto apresentado pela Carla Silva, aluna nº 6 do 11ºD